Evento conta com Mostra de Espetáculos, Ações Pedagógicas, Olhares Críticos e MITbr - Plataforma Brasil
Foto: Cacá bernardes
A oitava edição da MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo retoma sua programação presencial (em 2021, todas as atividades aconteceram de forma on-line) com três montagens internacionais, sete espetáculos nacionais, três estreias nacionais e uma internacional e uma ampla grade de oficinas, debates e conversas ao longo dos dez dias de atividades. A abertura será no teatro do Sesc Pinheiros, com o espetáculo Estádio (Stadium), com texto de Mohamed El Khatib e concepção de Mohamed El Khatib e Fred Hocké.
A oitava edição da MITsp tem apresentação do Ministério do Turismo, Itaú, Sabesp e Secretaria Municipal de Cultura, realização da Olhares Instituto Cultural, ECUM Central de Produção, Itaú Cultural, Sesc SP, Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Secretaria Especial da Cultura - Ministério do Turismo e correalização do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Goethe-Institut São Paulo, Consulado Geral da França em São Paulo e Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.
MITbr - Plataforma Brasil - Criada em 2018 como um programa de internacionalização das artes cênicas brasileiras, a MITbr tem, em 2022, curadoria de Jane Schoninger e Jorge Alencar. Ambos selecionaram sete grupos e artistas de vários estados brasileiros para se apresentarem ao público com a presença de programadores de festivais nacionais e internacionais. Os selecionados são Ancés, Tieta Macau (CE); Despacho Coletivo, de Jaqueline Elesbão/Coletivo Pico Preto (BA); E.L.A, de Jéssica Teixeira (CE); Eles Fazem Dança Contemporânea, de Leandro Souza (SP); Fortaleza, de Fauller/Cia. Dita (CE); Há Mais Futuro que Passado - Um Documentário de Ficção, de Complexo Duplo (RJ) e Trava Bruta, de Leonarda Glück (PR).
Nas Ações Pedagógicas, a curadoria de Dodi Leal trouxe como tema Afetossíntese: as atividades reunidas colocam a força afetiva da elaboração cênico-performativa no sentido de gerar vigor nutritivo nas relações existenciais-sociais. Entre os destaques, estão os eventos: A Encontra da Pedagogia da Teatra, com conversas, shows e debates; oficinas e um Laboratório da Pedagogia da Performance.
Os Olhares Críticos, este ano com curadoria de Julia Guimarães e José Fernando Peixoto de Azevedo, propõem discussões sobre as artes cênicas e a contemporaneidade a partir da realização de conversas com pensadores e pesquisadores de diferentes áreas, além da publicação de críticas, artigos e entrevistas. A programação conta com as Reflexões Estético-Políticas, Pensamento-em-Processo, Diálogos Transversais, Prática da Crítica, Cartografia, entre outros.
FarOFFa do Processo
A FarOFFa nasceu a partir de uma provocação durante a MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo de 2020: a de que houvesse uma “cena off”, uma mostra que corresse em paralelo e fosse uma alternativa para o público. Assim, a partir daquele ano, o conceito da FarOFFA foi se cristalizando no que ela não é: não é um festival de teatro nem uma mostra de dança, mas tem um pouco de tudo isso. É no OFF que compõe sua grafia, que está a essência de seu conceito.
Em 2022, a mostra está debruçada sobre o fazer, o meio e o percurso. A FarOFFa do Processo reúne pesquisas cênicas que estão em estágios diferentes, dos que estão nos primeiros ensaios até aqueles que estão às vias de estrear. Ainda que os processos criativos sejam o núcleo dessa edição, a programação também contará com espetáculos já estreados – afinal, faz parte do processo criativo apresentar e reapresentar, uma vez que a obra nunca finaliza. São quatro espetáculos, já apresentados em temporadas anteriores: Manifesto Transpofágico, de Renata Carvalho, Traved, de Dodi Leal, Involuntários da Pátria, de Fernanda Silva e Sônia Sobral e Quando Quebra Queima, da ColetivA Ocupação.
Quando Quebra Queima, da ColetivA Ocupação| Foto: Marília Scharlach
As apresentações - mais de 30 obras em processo, no total - têm companhias e trabalhos como A Morte da Estrela, da Cia Livre, Carangueja, de Fernanda Silva e Teresa Seiblitz, Erupção - O Levante ainda não terminou, da ColetivA Ocupação, JORGE pra sempre VERÃO, de Aline Mohamad, Diego Mesquita e Rodrigo França, Terminal - O Ensaio de um Processo, de Yara de Novaes, Kelzy Ecard e Gustavo Vaz e Tremores, de Leticia Sekito.
Os processos cênicos serão apresentados no período de 6 a 12 de junho, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, gratuitamente. A programação completa está disponível aqui.
Mostra de Espetáculos
Estádio (Stadium - 2017) | Mohamed El Khatib | França
Duração: 110 min | Recomendação: 10 anos|
Local: Teatro Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros, São Paulo - SP)
Datas: 02, 03 e 04/06 – quinta, às 20h, sexta e sábado, às 21h
Estádio - Foto: ©Yohanne Lamoulère - Tendance floue
Considerada formidável pelo jornal Le Monde, a peça se desenrola em dois tempos de 45 minutos, como em um jogo de futebol. Originalmente criado com uma plateia formada por torcedores de um time francês, os dois encenadores procuram evocar na cena as emoções de uma partida e contam histórias de seus torcedores.
O Martelo e a Foice (Le Marteau et la Faucille - 2019)| Julien Gosselin | França
Duração: 60 min | Recomendação: 14 anos
Local: Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo – SP)
Datas: 03, 04 e 05/06 – sexta e sábado, às 21h e domingo, às 20h
O Martelo e A Foice | Foto Simon Gosselin
O solo dirigido por Julian Gosselin, O Martelo e A Foice, a partir do texto de Don DeLillo, conta a história de um ex-comerciante poderoso que agora vive em uma prisão ao lado de outros presos também influentes. São ex-financistas ou negociantes de arte, que ganharam muito dinheiro em crimes de “colarinho branco”.
Vale da Estranheza (Uncanny Valley - 2019) | Rimini Protokoll | Alemanha
Duração: 60 minutos | Recomendação: livre
Local: Sesc Belenzinho (R. Padre Adelino, 1000 - Belenzinho, São Paulo – SP)
Datas: 08, 09, 10 e 11/06 – quarta e quinta, às 21h e sexta e sábado, às 17h e às 21h
Vale das Estranhezas | Foto Gabriela Neeb
Em outro solo presente na mostra, Vale das Estranhezas, da companhia de teatro Rimini Protokoll, uma figura aparentemente humana está sozinha no palco e faz pequenos movimentos de mãos e cabeça. Esse robô faz uma palestra escrita por Stefan Kaegi, em colaboração com Thomas Melle, coloca algumas questões que reverberam em nosso tempo: quanto controle temos em nossas vidas? O que nos diferencia dos robôs? Se eliminarmos a incerteza da vida, o que nos resta?
História do Olho - Um Conto de Fadas Pornô-noir (2022) | Janaina Leite | Brasil
Duração: 180 min. – com intervalo | Recomendação: 18 anos
Local: Teatro Paulo Eiró (Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo – SP)
Datas: 10 a 12/06 – Sexta e sábado, às 20h e domingo, às 18h
História do Olho - Um conto de fadas pornô-noir Foto Cacá Bernardes
A diretora investiga a relação entre teatro e pornografia, tema recorrente em seus últimos espetáculos, nos quais a pornografia é reivindicada como uma arte cênica. Mesclando ficção e não ficção, a peça segue a estrutura do livro para contar, em cenários de contos de fadas, a história de três adolescentes em suas descobertas sexuais.
Antes do Tempo Existir (2022) | Andreia Duarte e Denilson Baniwa, Kenia Dias, Lilly Baniwa e Ricardo Alves Jr. | Brasil
Duração: 80 min. | Recomendação: livre
Local: Teatro Cacilda Becker (R. Tito, 295 - Lapa, São Paulo – SP)
Datas: 10 a 12/06 – Sexta, às 18h e sábado e domingo, às 21h
Antes do Tempo Existir Foto Francio de Holanda
A criação coletiva de artistas indígenas e não indígenas, Antes do Tempo Existir, busca a memória longínqua dos povos originários e um diálogo entre as variadas existências no planeta. O trabalho é um desdobramento dos conceitos apresentados em O Silêncio do Mundo (2020).
Um Jardim para Educar as Bestas (2022) | Uma criação de Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio | Brasil
Duração: 55 min. | Recomendação: 12 anos
Local: Biblioteca Mário de Andrade (R. da Consolação, 94 - República, São Paulo – SP)
Datas: 04, 05, 11 e 12/06 – sábado e domingo, às 17h
Um Jardim para Educar as Bestas| Foto Nina Pires
Um Jardim para Educar as Bestas, uma criação dos artistas Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio, que reescreve, de modo alegórico, A Lenda do Oleiro Saburo e da Senhora Fuyu, uma das histórias do livro Homens Imprudentemente Poéticos, de Valter Hugo Mãe. Esse duo para piano e atuação, a trama é transposta para o sertão brasileiro e dialoga com textos de Ariano Suassuna, Guimarães Rosa e Euclides da Cunha, e mistura narração, representação, movimento e música.
Tragédia e Perspectiva I - O Prazer de Não Estar de Acordo (2022) | Alexandre Dal Farra, Lisandro Rodríguez | Argentina, Brasil
Duração: 85 min. | Recomendação: 16 anos
Local: Galpão do Folias (R. Ana Cintra, 213 - Santa Cecília, São Paulo - SP)
Datas: 06 a 12/06 – Segunda a domingo, às 20h
Tragédia e Perspectiva I - Foto Lisandro Rodríguez
No espetáculo, com produção da MITsp, cinco pessoas (escolhidas durante a residência de Lisandro) se encontram em volta de uma garrafa de água. São indivíduos desencantados, como se enterrados vivos no ambiente claustrofóbico em que estão. Ali, revisam as suas posições, as suas discordâncias, mudam de posição, descobrem coisas sobre si mesmas, e sobre os outros, cometem crimes e se amam.
MITbr – Plataforma Brasil
Em seu quinto ano consecutivo (em 2021 houve uma edição online com grupos convidados), a MITbr – Plataforma Brasil, criada em 2018 como um dos eixos da MITsp, procura dar visibilidade, difundir, circular e trazer reconhecimento para o cenário artístico nacional. Nesta edição, a curadoria de Jane Schoninger e Jorge Alencar selecionou sete grupos e artistas que se apresentam ao público com a presença de programadores de festivais nacionais e internacionais.
Para esta edição, compõem a programação os espetáculos: Ancés, Tieta Macau (CE); Despacho Coletivo, de Jaqueline Elesbão/Coletivo Pico Preto (BA); E.L.A, de Jéssica Teixeira (CE); Eles Fazem Dança Contemporânea, de Leandro Souza (SP); Fortaleza, de Fauller/Cia. Dita (CE); Há Mais Futuro que Passado - Um Documentário de Ficção, de Complexo Duplo (RJ); Trava Bruta, de Leonarda Glück (PR).
Programação MITbr
Ancés (2017) |Tieta Macau| (CE)
Duração: 45 minutos | Recomendação: livre
Local: Sala Multiuso Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo – SP)
Datas: 11 e 12/06 – sábado, às 19h e domingo, às 17h e 20h
Ancés Foto Paula Barros
Ancés traça um percurso entre presença e ausência, ativando memórias não codificadas em instâncias dizíveis ou lineares. A coreografia se desenrola da linearidade greco-romana de Cronos, marcada pelas horas, para um tempo e espaço direcionado a Iroko, orixá cultuado pelo candomblé no Brasil, regido pelo tempo de imanência da ação.
DESPACHO DEFERIDO (2021) | Jaqueline Elesbão/Coletivo Pico Preto | BA
Duração: 34 minutos | Recomendação: 16 anos
Local: Palco Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo – SP)
Datas: 08 e 09/06 – quarta, às 18h e quinta, às 20h
Despacho Deferido Foto Liz Santana
Com perspectiva afro-futurista, o solo Despacho Deferido é um convite à resistência e preservação da ancestralidade. Usando metáforas que rementem ao universo dos jogos, traz para o público negro a experiência de se imaginar como peça fundamental em um sistema que escancara o racismo e sustenta o sexismo.
E.L.A (2019) | Jéssica Teixeira| CE
Duração: 70 minutos | Recomendação: 14 anos
Local: Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Mariana)
Datas: 11 e 12/06 – sábado, às 21h e domingo, às 15h
E.L.A Foto Victor Augusto
No solo, a atriz Jéssica Teixeira investiga cenicamente seu próprio corpo – inquieto, estranho e disforme – e questiona de que forma ele interage com o mundo. Assumindo a personalidade Ela, em contraponto a seu corpo (Ele), Jéssica faz de seu físico uma ferramenta multifacetada (ética, política, estética), que desestabiliza e potencializa outros corpos e olhares, buscando uma visão sensível sobre a diversidade e a multiplicidade, além de uma crítica à imposição de padrões de beleza.
Eles Fazem Dança Contemporânea (2019) | Leandro Souza| SP
Duração: 40 min | Recomendação: 16 anos
Local: Sala Multiuso Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo – SP)
Datas: 08 e 09/06 – quarta, às 19h e quinta, às 19h e 21h
Eles Fazem Dança Contemporânea Foto Caca Bernardes
Solo coreográfico gerado pelo emaranhamento da fala, do corpo e do objeto. Nele, o artista procura por uma cena síntese capaz de dar vazão aos dilemas, ruídos e tensões, envolvendo as presenças negras na arte contemporânea ocidental. A dança é articulada a partir de novos entendimentos sobre coreografia, dialogando com as artes visuais e a performance e se alinhando à crescente demanda por representatividade e descolonização da produção de arte e conhecimento.
Fortaleza (2019) | Cia Dita| CE
Duração: 40 minutos | Recomendação: 18 anos
Local: Palco Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo – SP)
Datas: 11 e 12/06 – sábado, às 18h e domingo, às 19h
Fortaleza Foto Régis Amora
O trabalho apresenta-se como resistência, revelando um corpo-cidade político que busca tornar possível viver na aspereza da vida urbana, ao mesmo tempo que coloca em evidência as raízes indígenas, a influência da Belle Époque e de outros fatos históricos da capital.
Há Mais Futuro que Passado - Um Documentário de Ficção (2017) | Clarisse Zarvos, Cris Larin, Daniele Avila Small, Mariana Barcelos, Tainá Nogueira e Tainah Longras | RJ
Duração: 75 minutos | Recomendação: 16 anos
Local: Alfredo Mesquita (Av. Santos Dumont, 1770 - Santana, São Paulo – SP)
Datas: 09 e 10/06 – quinta, às 20h e sexta, às 16h
Há Mais Futuro que Passado - Um Documentário de Ficção - foto Nityama Macrini
Como numa conferência à plateia, as três atrizes apresentam uma pesquisa sobre artistas de diferentes países da América Latina, com produções dos anos 1960 aos 1980. A partir de documentos, cartas, vídeos, gravações em áudio e canções, elas questionam a predominância de nomes masculinos e europeus como personalidades de destaque.
Trava Bruta (2021) | Leonarda Glück | PR
Duração: 70 minutos | Recomendação: 18 anos
Local: Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Mariana)
Datas: 08 e 09/06 – quarta, às 21h e quinta, às 17h
TRAVA BRUTA Foto Alessandra Haro
Sozinha em cena, a atriz e dramaturga discute a relação da cultura com a transexualidade, discorre sobre como é ser uma artista trans no país de hoje e de que forma a sociedade reage a um corpo que provoca, a um só tempo, repulsa e desejo. Para tanto, o espetáculo busca tensões entre a ficção e a realidade, costurando diversas camadas de artificialidade, como videoprojeções, efeitos sonoros, filtros de redes sociais (que modificam a aparência da atriz) e artifícios de figurino, que ora revelam, ora ocultam.
Ações Pedagógicas
LABORATÓRIO DE PEDAGOGIA DA PERFORMANCE
Integrando o Eixo das Ações Pedagógicas da MITsp, o Laboratório de Pedagogia da Performance é um espaço dedicado ao estudo e à experimentação da arte da performance a partir de matrizes do Brasil e de outros países. A programação articula estudos teóricos com realizações estéticas concretas provenientes de coletivos, movimentos, festivais e trabalhos artísticos autorais.
Como vetor do Laboratório, estão os saberes pedagógicos corporalizados, tendo em vista as epistemologias anticoloniais e as teatralidades diaspóricas. Equaciona-se neste espaço as matrizes educativas e tecnológicas dos processos de criação da cena e do corpo e as suas relações com a recepção estética tratando dos aspectos qualitativos e profundos das visualidades da cena e tecnologias do corpo em campo expandido.
SHOWS
Isis Broken convida Aqualien
Local: Centro Cultural Vila Itororó (Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista, São Paulo – SP)
Dia: 10/06 às 17h
Pocket show do novo álbum de Isis Broken, Bruxa Cangaceira, que traz reflexões sobre corpos travestis pretos e nordestines. A apresentação terá base de 50 minutos, com intercessão de Aqualien, homem trans e marido de Isis Broken.
Ayô Tupinambá
Local: Centro Cultural Vila Itororó (Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista, São Paulo – SP)
Dia: 09/06 às 17h
Dores Doces e Amargores é uma obra de arte nas linguagens de música e literatura que retrata a vivência travesti, preta e gorda da artista Ayô Tupinambá. Com esse pocket show, a artista compartilha o revisitar de sua própria história, seu corpo, suas emoções, afetividades e sexualidade após sua transição. Alcançar o futuro, ser no presente, olhar o passado e se perceber ali sempre travesti.
Assucena
Local: Teatro Oficina (Rua Jaceguai, 520, Bixiga - São Paulo – SP)
Dia: 11/06 às 16h
Pocket show de Assucena, cantora e compositora, indicada duas vezes ao Grammy Latino (2019 e 2020), apresenta canções do álbum Minha voz e eu. Uma conversa entre a voz, a distorção, a melodia e a tecnologia. Assucena apresenta sua intimidade musical a partir do estudo de timbres e de manifestações sensíveis de sua voz. "Minha voz é a metáfora concreta e etérea de minha liberdade", afirma. Passeando por beats, violão e guitarra, o repertório autoral se mescla à tradição da música popular brasileira, incluindo nomes como Gonzaguinha, Caymmi e Gal. A tradição no seu encontro com o contemporâneo.
Pocket Sarau | Bixarte e Julian Santos
Local: Biblioteca Mário de Andrade (R. da Consolação, 94 - República, São Paulo – SP)
Datas: 06/06, das 18h às 19h
Pocket sarau com Bixarte e Julian, artistas paraibanos que, juntos, trazem uma mistura de música popular brasileira com poesia marginal, embargando o ódio e o amor que percorrem e atravessam seus corpos trans.
OFICINAS
Massageaço, com Danilo Patzdorf e Isabela Laynes
Inscrição por ordem de chegada (credenciamento abre 1hora antes da atividade)
Local: Casa do Povo (Rua Três Rios, 252 - Bom Retiro, São Paulo - SP)
Data: 4 e 5 de junho, sábado e domingo , das 10h às 13h
Massageaço* é um encontro para aprender e trocar massagem. Conduzida por Danilo Patzdorf e Isabela Laynes, o objetivo é compartilhar técnicas e saberes necessários para se aplicar um toque estruturado em situações informais. Cruzando arte com saúde, investiga as causas somato-políticas que transformaram a experiência do tato em tabu ou trauma para nossos corpos ocidentalizados. Em seguida, vivenciam-se diferentes manobras de massoterapia e seus possíveis efeitos terapêuticos na dimensão fisiológica, afetiva, ética e estética.
*Esta é uma oficina artístico-pedagógica que envolve massagem, dança e yoga. Por isso, cada participante precisará levar um tapete/toalha/canga/colchonete/almofada para forrar o chão e se sentar/deitar com conforto.
Daquilo que te afeta | Efe Godoy
Inscrição por ordem de chegada (credenciamento abre 1 hora antes da atividade)
Local: Casa do Povo (Rua Três Rios, 252 - Bom Retiro, São Paulo - SP)
Data: 10/06 , das 10h às 12h
Conduzida pelo artista visual míope, transvestigênere, essa é uma vivência para conhecer as pessoas por meio do desenho, a proposta aqui é liberdade, resgatar um desenho de infância, sem medo de errar, sem pretensão de criar o desenho mais bonito do universo. Vamos brincar com a genuinidade, brincar com o fazer de verdade, e depois expressar com o corpo essa vontade. Toda pessoa tem algo que ressoa, toda pessoa tem algo a dizer através dos movimentos que a fazem existir. Um momento de dançar e desenhar.
Internacionalização na Prática - Módulo 2 | Wolfgang Hoffmann
Local: Goethe-Institut São Paulo (R. Lisboa, 974 - Pinheiros, São Paulo - SP)
Dias: 6 a 9 de junho, segunda a quinta, das 9h às 13h
Sequência da oficina on-line da programação do MIT+, este segundo módulo tem como objetivo refletir sobre a importância da solidariedade e da cultura de compartilhamento. A partir da elaboração de sessões de pitch, para um apresentador real, os participantes deverão identificar as metas e traçar estratégias para o seu próprio trabalho e definir a posição que querem ocupar no cenário global. Todos os participantes deverão sair dessa oficina com um conjunto claro de metas alcançáveis para o próximo ano e uma estratégia para atingir essas metas.
Esta oficina é uma ação da MITbr - Plataforma Brasil, eixo de internacionalização das artes cênicas brasileiras da MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, com realização da Olhares Instituto Cultural e apoio do Goethe-Institut São Paulo.
CONFERÊNCIA
Afetividades Cênicas | Geni Núñez
Local: Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 - Bela Vista, São Paulo - SP)
Dia 12/06 às 17h
Nesta atividade, será discutida a monocultura dos afetos e seus efeitos na construção das relações consigo mesmo e com os demais seres. A conversa traz a importância de nomear, reconhecer e buscar formas de reparação das colonialidades. Por meio da noção de reflorestamento do imaginário e artesania dos afetos será feita a reflexão sobre outras pistas e caminhos para construção de envolvimentos mais potáveis nas diversas relações.
ENCONTRA DE PEDAGOGIAS DA TEATRA: AFETIVIDADES DO SABER RISCAR E ARRISCAR
Inscrição por ordem de chegada (credenciamento abre 1hora antes da atividade)
A Encontra é um espaço para revitalizar as metodologias de criação teatral a partir das experiências disruptivas de saberes não hegemônicos. Serão realizadas trocas reflexivas e práticas nas quais as corporalidades se arriscam em novas possibilidades de encontrar outras formas de riscar os fazeres de espaço e de cena. A combinação de rodas com oficinas, sarau e momentos de convívio pretende instigar os afetos vetoriados pela perspectiva transfeminista de transição de gênero da área teatral: do teatro para a teatra. O objetivo é instigar novas pedagogias baseadas nos saberes trans. A programação inclui:
Encontros com Luh Maza, Aretha Sadick e Gretta Starr; Roda de conversa com Bernardo de Assis, Daniel Veiga, Gabriel Lodi e Léo Moreira Sá; Pocket Sarau com Bixarte e Julian Santos.
OLHARES CRÍTICOS
Curadoria: Julia Guimarães e José Fernando Peixoto de Azevedo
O eixo reflexivo da MITsp propõe uma discussão sobre as artes cênicas e a contemporaneidade a partir da realização de conversas com pensadores e pesquisadores de diferentes áreas, além da publicação de críticas, artigos e entrevistas.
REFLEXÕES ESTÉTICO-POLÍTICAS
Como compreender as tensões narrativas existentes hoje na constituição do comum? Quais as potências da arte para atuar sobre o contexto de luto e luta que atravessa a experiência brasileira recente? Esse seminário discute a produção e as contradições da linguagem e da cultura no Brasil contemporâneo.
As conferências são realizadas por pensadores de diferentes áreas, em diálogo com os temas que atravessam o seminário de reflexões estético-políticas
Convidados da mesa Elaborações do presente: políticas da morte e imaginação política: Aldri Anunciação (BA), Casé Angatu (BA), Fabio Luís Franco (SP) com mediação: Rosane Borges (SP)
“As fronteiras entre os saberes orgânicos e os saberes sintéticos”, com Nego Bispo (PI)
Local: Biblioteca Mário de Andrade (R. da Consolação, 94 - República, São Paulo – SP)
Datas: 07/06, das 19h às 21h
O escritor, mestre quilombola, lavrador, formado por mestras e mestres de ofícios trata de saberes orgânicos são os que se envolvem para compor o mundo do Ser. Os saberes sintéticos são os que se desenvolvem para compor o mundo do Ter. Mediação: Rosane Borges (SP)
“Sobre a Exaustão - Uma Leitura da Subjetividade”, com Denise Ferreira da Silva
Ação online | Datas: 08/06, das 14h às 16h | Onde: canal da MITsp no YouTube
Aula aberta e online com a autora que especula sobre como o tempo, o contexto ético moderno privilegiado, opera como uma instância de poder não dissimilar os outros mecanismos de apropriação com fins de assimilar valor econômico. Denis publicou os livros Towards a Global Idea of Race (2007), A Dívida Impagável (2019), Unpayable Debt (2022).
Mesa 1: “O meu país é o meu lugar de fala”: destruição e linguagem
Local: Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 - Bela Vista, São Paulo - SP) | Dia 04/06 das 14h às 17h
Com: Babalorixá Sidnei Nogueira de Xangô (SP) + João Cézar Rocha (RJ) + Silvia Viana (SP)
Mediação: Rosane Borges (SP)
Quais as relações entre linguagem e vida pública brasileira atual? Como compreender as tensões narrativas existentes hoje na constituição do comum? A linguagem, como aspecto decisivo da experiência, emerge ao mesmo tempo como sintoma e arma. E é ainda pela linguagem que a transformação se anuncia.
Mesa 2: Elaborações do presente: políticas da morte e imaginação política
Local: Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 - Bela Vista, São Paulo - SP) | Dia 05/06 das 14h às 17h
Com: Aldri Anunciação (BA) + Casé Angatu (BA) + Fabio Luís Franco (SP)
Mediação: Rosane Borges (SP)
Governar os vivos tem se revelado como uma forma de gestão da morte. Num contexto em que luta e luto não são apenas deslizamentos lexicais, quais as formas de vida que, em trabalho de resistência, desenham outras temporalidades para além do futuro imediato do presente? Quais as potências da arte e da cultura para lidar com a dimensão traumática que atravessa a experiência brasileira recente?
Programação atualizada no site mitsp.org
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