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Solo de Inês Peixoto convida o público a refletir sobre emancipação econômica feminina

Atriz premiada do Grupo Galpão de Belo Horizonte interpreta três mulheres em situação de vulnerabilidade


Foto: Nereu Jr.


Em cena, três mulheres em situações diferentes de vulnerabilidade convidam o público a refletir sobre a necessidade de emancipação econômica feminina e a importância do direito à escolaridade como requisitos básicos na luta contra a desigualdade de gênero.


Essa é a premissa de “Órfãs de Dinheiro”, primeiro projeto autoral realizado de forma independente por Inês Peixoto, premiada atriz do Grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG). O espetáculo cumpre temporada no Auditório do Sesc Pinheiros.


O espetáculo, que conta com a direção do também galpônico Eduardo Moreira e trilha sonora original criada por Tiago Pereira (filho da atriz), surgiu do desejo de Inês de levar para o teatro assuntos atuais que a tocam. “A obra é uma reflexão sobre coisas que o mundo traz e que me atravessam enquanto mulher.


Foto: Nereu Jr.


Em cena, três mulheres em contextos distintos promovem o diálogo sobre como a dependência econômica ainda mantém mulheres reféns. É uma travessia que ainda acontece para todas nós”, destaca a atriz, que assina também a concepção, texto e figurino do espetáculo.


No espaço cênico, uma canoa serve de palco para que as personagens - uma mulher vendida para prostituição ainda criança; uma refugiada que luta pela própria sobrevivência e de seu bebê; e uma empregada doméstica sonhadora – apresentem um pequeno recorte das tantas realidades de vulnerabilidade vividas por mulheres do Brasil e do mundo.


O desenvolvimento da peça começou antes da pandemia, quando Inês teve contato com o livro “Modernismo localista das Américas”, de Paulo Moreira. Em uma das análises, três contos são reunidos no capítulo “Órfãs de dinheiro”, título que serviu de inspiração para a criação das histórias originais do espetáculo.


Foto: Nereu Jr.


“A pesquisa deste trabalho está diretamente relacionada com a vulnerabilidade da mulher decorrente da não emancipação feminina e da impossibilidade de auto sustentação. Em cena, a simbologia da canoa tem a ver, entre outras coisas, com a própria condição da mulher e com a ideia de que a nossa luta é um processo, um caminho a ser seguido ainda sem perspectiva de fim”, reforça a atriz.


Ficha Técnica

Concepção, texto, figurino, atuação - Inês Peixoto

Direção - Eduardo Moreira

Desenho de luz - Rodrigo Marçal

Projeto e construção da canoa - Taísa Campos

Trilha original, fotos, vídeos e programação visual - Tiago Pereira

Design sonoro - Vinícius Alves

Preparação vocal e assessoria de direção de texto - Babaya

Professor de música - Marcelo Dias

Assessoria de imprensa – Canal Aberto

Produção - Beatriz Radicchi



ÓRFAS DE DINHEIRO

Temporada: De 18 de Agosto a 10 de Setembro

Horário: Quinta a Sábado, às 21h

Local: Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros

Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia) | R$ 9,00 (credencial plena) | Compre aqui

Duração: 50 minutos

Classificação: 12 anos

Capacidade: 98 lugares

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