O ator está à frente da direção de “O despertar da primavera: um grito de alerta”, em cartaz no Teatro Viradalata
Foto: Mia Shimon
Inspirado na tragédia infantil de Frank Wedekind, a adaptação de “O Despertar da Primavera: Um Grito de Alerta” é uma reflexão a respeito da falência das Instituições de Poder. O peso da repressão é mostrado tão dramaticamente nos diálogos entre jovens que vão se descobrindo e simultaneamente mostrado no mundo dos adultos, denunciando os preconceitos e o conservadorismo das Instituições e Chefes de Família, que prezam a todo custo a sua imagem, o cinismo de uma Religião castradora e hipócrita, e a inutilidade de uma Educação tão pouco atenta às suas dúvidas e anseios.
A direção assina uma versão contemporânea e provocadora, que coloca todos os atores em cena, reagindo aos desdobramentos da trama, e faz um convite ao público para imergir e sensibilizar-se.
Foto: Divulgação
Melchior Gabor e Wendla Bergman, ambos no despertar da sexualidade, encontram-se, apaixonam-se, amam-se, numa Primavera repleta de desejos, sonhos e fantasias. Ele pertence a uma família na qual o pai é um representante do Poder. Ela nasce no seio de uma família de classe média alta e recebe da mãe uma educação tradicional e religiosa. Outras histórias se cruzam com a destes adolescentes. Assim, à medida que se vai desenrolando a história, o espectador é confrontado com problemas flagrantes como o abuso sexual, a violência doméstica, o machismo, a gravidez na adolescência, a droga, a prostituição, o suicídio.
O espetáculo está em cartaz no Teatro Viradalata, em curta temporada, às terças-feiras, sempre às 20h30. Os ingressos estão à venda pelo Sympla.com ou na bilheteria do teatro.
Sobre Pedro Ruffo
Foto: Joaquim Araujo
Ator, cantor, encenador, jornalista e professor de língua portuguesa e teatro. É Mestre em Língua Portuguesa (PUC-SP), possui graduação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Letras pelo Instituto Singularidades. Trabalha como professor em uma escola particular de São Paulo.
No teatro, atuou em clássicos como: A Casa de Bernarda Alba (indicado ao Prêmio Belas Artes em 2015), Alice no País das Maravilhas, Grease e Footloose, além de dar vida a Elton John em um musical sobre a vida e obra dele. Conta com mais de quinze espetáculos no currículo. Vencedor de cinco prêmios de literatura, atualmente escreve seu primeiro romance e participa de cursos de orientação com Aline Bei (O peso do pássaro morto) e Marcelino Freire (Contos negreiros).
Foto: Joaquim Araujo
É responsável pela direção acadêmica de montagens como Freak Show (2015), Grease (2016), Wicked (2017), A ratoeira (2018), O despertar da primavera (2019), Adoráveis Mulheres (2021) e Medeia (2022). Assina a direção do espetáculo "O despertar da primavera: um grito de alerta", em cartaz no Teatro Viradalata.
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