Montagem mostra a vida filósofo holandês que foi condenado por não seguir os ensinamentos da doutrina religiosa judaica
Foto: Thaís Boneville
O espetáculo "O Deus de Spinoza" prorroga temporada no Teatro Itália Bandeirantes, com direção de Luiz Amorim e direção musical de Marcus Veríssimo. Além de Amorim, estão no elenco Bruno Perillo, Mateus Carrieri, David Kullock e Roberto Borestein.
O jurista Régis de Oliveira, além de desembargador renomado, pessoa pública de notório saber, é também romancista e autor de vários livros. Dedicado ao estudo da Filosofia, ele agora se engendra pelo mundo da dramaturgia, trazendo-nos este texto sobre a vida de Spinoza.
Valorizando o pensamento e a visão de mundo do filósofo, a peça busca resgatar a nossa relação com a natureza. Spinoza foi acusado, julgado e condenado pela instituição religiosa mais poderosa da Holanda do Século XVII. Objeto de discussão em muitos pilares da educação, Spinoza continuou renegado. Hoje seu pensamento foi resgatado e é motivo de muitos estudos no mundo inteiro.
Foto: Thaís Boneville
Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, da essência humana. O espetáculo mostra Baruch de Spinoza logo depois de expor o seu pensamento, considerado herético, e a sua relação com os Rabinos mais importantes da comunidade judaica. A peça mostra ainda os seus delírios e sua clareza de pensamento, que são muito importantes nos dias de hoje.
A ação se passa na Holanda em seu período mais rico, comercial e cultural: o Século de Ouro dos Países Baixos. Ali estava Grócio, um dos pais do direito público. Descartes escolheu a Holanda como pátria espiritual. Rembrandt e Vermeer despontavam na pintura. O país fervilhava intelectual e economicamente.
Aqui encontramos Baruch de Spinoza e vemos a sua relação de amizade com o editor de seus livros, Jan Rieuwertsz, que acompanhou o amigo até seus momentos finais.
Foto: Thaís Boneville
A dramaturgia de Régis de Oliveira nos traz muito da essência do pensamento de Spinoza. Régis há anos se dedica ao estudo de filosofia, e traz em sua primeira peça um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação - o herem, em 1656 - até a sua morte, em 1677.
“Eu sempre me dediquei ao pensamento e à reflexão. E já há anos tenho professores particulares ou consultores, especialmente para a Filosofia. Para escrever esta obra, contei muito com a assessoria do Professor Maurício Marsola, que me conduziu na interpretação de Spinoza”, diz o autor.
E segue: “Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. A montagem trata os personagens com humanidade, com seus erros e acertos e principalmente com as suas convicções. Busca trazer o pensamento de Spinoza de forma acessível, para que, como diz Spinoza, afete, ou seja, toque de alguma maneira o público. São as afecções. Toda obra pode ser boa ou ruim, depende de como ela toca o público”.
Ficha Técnica
Texto: Régis de Oliveira
Direção e Adaptação: Luiz Amorim
Elenco: Bruno Perillo, Mateus Carrieri, David Kullock e Roberto Borestein
Direção Musical: Marcus Veríssimo
Musicistas: Marcus Veríssimo, Gabriel Ferrara e Margot Lohn
Desenho de Luz: César Pivetti
Figurinos: João Pimenta
Cenografia: Evas Carretero
Fotografia: Thaís Boneville
Registro Imagens: V Filmes
Ilustração: Hidreley Dião
Designer Gráfico: Luciano Alves
Programação Gráfica: Lyvia Gamerc
Instagram: Ellen Bueno
Camareira: Priscila Dieminger
Contrarregragem: Magnus Odilon
Produção Executiva: MV Produções
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Realização: Régis de Oliveira
Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti
O DEUS DE SPINOZA
Temporada: Até 29 de Setembro
Horário: Quartas e Quintas, às 20h
Local: Av. Ipiranga, 344 - Edifício Itália - República
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia) | Compre aqui
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 290 lugares
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