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"Heróis", livremente inspirada em astros do rock dos anos 60 e 70, volta em únicas sessões online

  • Foto do escritor: Tadeu Ramos
    Tadeu Ramos
  • 18 de out. de 2021
  • 5 min de leitura

A pesquisa dramatúrgica, que transita pela auto ficção, é baseada em biografias, músicas e filmes em torno desse universo

Foto: Vitor Vieira


Espetáculo que estreou em versão online e ao vivo em novembro de 2020 e cumpriu curta temporada em fevereiro deste ano, volta em únicas sessões online. David Bowie foi a principal inspiração do personagem. Porém, outros astros do rock britânico e americano dos anos 60 e 70, como Lou Reed, Jim Morrison, Bob Dylan e The Rolling Stones, além do lendário fotógrafo Mick Rock, também estão entre as influências da montagem. Inclusive, referência a autores, como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Samuel Beckett; e filmes como “SHOT! O Mantra Psico-Espiritual do Rock”, de Barney Clay; e “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola, também estão presentes.

“Esse espetáculo fala sobre um individuo só (mesmo cercado de muitos), tomado de questões acumuladas ao longo de uma vida. Esse momento da vida, em que se abre uma fresta (como que estamos passando em escala mundial!), e podemos acompanhar os minutos de extrema potência em que tudo pode ser visto de “um novo lugar. Seguir, fazer, reinventar a própria vocação por meio de novas e antigas companhias”, comenta Paulo Azevedo.


Sobre a encenação

Foto: Vitor Vieira


A encenação se apropria do conceito de que o protagonista é o agente da cena. Acompanhamos o seu fluxo de pensamento no trânsito intenso entre os espaços de "fora" (realidade, o cotidiano) e o de "dentro" (o imaginário, o desejo, onde suas ideias e pensamentos se realizam com extrema liberdade). Como na performance, o jogo cênico é revelado a todo instante, temos um intérprete que, por vezes, canta, dubla ou apenas acompanha a tradução projetada em vídeo das canções e das rubricas (como uma ordem suprema para o performer, numa metáfora da presença do autor/diretor) - reflexões focadas no ser humano por trás do "artista/herói". O desvelar dos bastidores de uma criação aponta para um relato formado por muitas vozes. Os limites entre o que é real e o que é imaginário enriquecem o essencial: compor uma obra cênica compartilhada “com” e construída “para” o espectador.


Mais que escrever uma peça teatral, o autor buscou criar algo como uma entrevista com um artista. Por isso, a audiência assume um papel: a de jornalistas em uma coletiva de imprensa com o astro do rock, criando um jogo entre a ator e o espectador.


A trilha sonora traz composições originais e releituras de clássicos do rock, criadas por Barulhista, a partir da seleção musical de Paulo Azevedo. As cenas foram pensadas como faixas de um álbum, com títulos e minutagem, na qual as letras das músicas pontuam determinados momentos da narrativa. Alguns dos títulos vieram de nomes de canções de rock stars que inspiraram a obra. “Atravesse para o outro lado”; “Onde Estamos Agora?”; e “Voltando à Vida” são alguns deles. As letras das canções são também dramaturgia. Foram escolhidas a dedo. Por isso, a tradução em português é projetada pra que a audiência possa solfejar em inglês. Para que ao mesmo tempo, possa senti-la em nossa jovem língua mãe.


A trilogia

Fotos: Vitor Vieira


A “Trilogia Solo” é idealizada, escrita e dirigida por Paulo Azevedo sobre a relação entre o teatro e outras áreas afins - a música (“HERÓIS”), as artes plásticas (“PASSE-PARTOUT”) e o rádio/masculinidades (“FORA DO (M)AR”). Compõe a cena como um reflexo do impacto das questões contemporâneas nos indivíduos com uma linguagem baseada na confluência do teatro com a música, a literatura, as artes plásticas, o audiovisual e o rádio. Em comum, personagens que tornam o espectador cúmplice da própria condição universal do ser humano de estar em constante adaptação e vulnerabilidade diante das transformações da sociedade. Além disso, trazem um olhar aguçado e poético sobre o cotidiano, as contradições do ser urbano e seus conflitos, sem perder de vista um humor refinado e a poesia.


O blog Suacompanhia traz vídeos, entrevistas e clipes que inspiraram a montagem, além de impressões sobre o processo de criação.


Sobre Paulo Azevedo

É ator, diretor e autor teatral, além de comunicador (UNI-BH, em 2000). Atua há mais de 20 anos nas artes cênicas como ator, autor, diretor e produtor teatral. Participou de espetáculos com grupos e diretores reconhecidos da cena brasileira, tais como: Hector Babenco (Hell), Cibele Forjaz (Cia Livre), Eric Lenate (A Serpente) e Yara de Novaes (Cia. Móvel). É fundador e ex-integrante do Grupo Espanca!, responsável por espetáculos premiados. Na companhia mineira, Paulo foi indicado pela criação de “Por Elise” na categoria especial do Prêmio Shell SP 2005 e como Melhor Ator Prêmio Qualidade Brasil SP e Usiminas SINPARC 2008 por “Amores Surdos”. Fundador da Suacompanhia, realizou, escreveu e dirigiu os espetáculos “Heróis: Uma Pausa Para David” (Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014), “A[r] mar” e “Passe-Partout” (ProAC Dramaturgia 2015). Dirigiu os espetáculos “O Menino Que Tinha a Cara do Sol”, “Histórias de Chocar” e “A Carne Exausta” e ainda assinou a dramaturgia de “Sonetos de Areia” e “Nômades”. Foi parceiro e performer da artista de dança Dudude Herrmann de 2002 a 2009. Integrou oficinas em cinema, dança e teatro ministradas por Mikhail Chumachenko (GITIS), Yoshi Oïda (Teatro Bouffes du Nord - interpretação), Marco de Marinis (Itália), Cristiane Paoli Quito (técnica de clown), Christian Duurvoort, Sérgio Penna, entre outros.


No cinema, atuou em 7 longas e 10 curtas-metragens, sendo vencedor na categoria Melhor Ator na Competição Nacional do Prêmio Português CinEuphoria 2017 (Prêmio do Público) pelo seu trabalho como protagonista no filme “Estive em Lisboa e Lembrei de você̂”, baseado na obra homônima de Luiz Ruffato e dirigido pelo português José Barahona. Pela mesma produção, foi indicado como Melhor Ator Filme Estrangeiro no “Melhores Filmes SESC 2016”. Na TV, atuou em de séries produzidas e exibidas pela Globo, Netflix, HBO, FOX, TNT, History Channel, TV Cultura e Record. Em 2019, participou da novela das 6 da TV Globo, "Éramos Seis", como Capitão Alves. Desde 2019, idealiza, roteiriza e apresenta o podcast e blog Almasculina – Conversas sobre masculinidades, disponível no Spotify e diversas plataformas de podcast.

FICHA TÉCNICA

Direção, Texto e Atuação: Paulo Azevedo

Codireção: Ana Paula Cançado

Consultoria Dramatúrgica: Adélia Nicolete

Direção de Arte e Figurinos: Martielo Toledo

Trilha Sonora Original: Barulhista

Seleção musical: Paulo Azevedo

Consultoria de Desenho de Luz: Marina Arthuzzi

Direção Vocal: Lucia Gayotto

Preparação de canto: Mariana Brant

Cabelo: Ricardo Rodrigues

Modelista/pilotista: Noemi Bernardes

Projeto Gráfico: Glaura Santos

Fotos e diretor de fotografia e streaming: Vitor Vieira

Consultoria de streaming: Janaína Patrocínio

Teasers e vídeos: Paulo Azevedo (roteiro, edição e direção), Vitor Vieira (direção de fotografia), Barulhista (trilha sonora) e Camila Picolo (operação de drone)

Operação de câmera e luz: Camila Picolo

Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Heloísa Cintra Castilho)

Revisão de textos: Soraia Azevedo

Tradução espanhol e inglês: Gladys Souza

Corealização: Comcultura Comunicação e Cultura

Produção Executiva e Realização: Suacompanhia Criações Artísticas

Apoio cultural: RIRO Salon, JPZ Comunicação, Vitor Vieira Fotografia e Podcast Almasculina

Agradecimentos: Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo Film Commission/Spcine.


HERÓIS

Temporada: Dias 23 e 24 de Outubro

Horário: Sábado, às 20h (seguida de bate papo) | Domingo, às 19h

Local: Plataforma Zoom

Ingressos: De R$ 10,00 a R$ 50,00 | Compre aqui.

Duração: 55 min

Classificação: 12 anos

Gênero: Drama cômico

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