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13º Fcd - Festival Contemporâneo de São Paulo faz versão digital

Evento será composto por palestras performativas, vídeos documentais e laboratórios de investigação artística


Participam do 13 º Festival Contemporâneo de São Paulo os artistas Cristian Duarte, Leandro Souza, Elisabete Finger, Wagner Schwartz, Laurent Goldring, Sheila Ribeiro, Raquel André, Miguel Pereira, T. Angel, Pedro Galiza, Nacera Belaza, Calixto Neto, Zahy Guajajara, Wellington Gadelha, Alice Ripoll/Cia REC, Uýra Sodoma e Ricardo Marinelli, além dos críticos de dança e artes performativas Helena Katz e Ruy Filho.

O Festival Contemporâneo de São Paulo, dirigido por Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro, também curadores, faz a sua 13ª edição, em formato digital. As atividades online têm como objetivo possibilitar um encontro, apesar da distância física, para partilhar questões urgentes à dança e às artes performativas. Toda a programação - que é gratuita e composta por vídeos documentais, palestras performativas e laboratórios de investigação artística - fica disponível por meio do site . As inscrições para os laboratórios são efetuadas por ordem de chegada. Para participar, basta preencher os formulários de inscrição já disponíveis no site .


Para a edição atual do Festival, foram convidados coreógrafos, críticos e investigadores para orientar laboratórios voltados a partilha de processos e práticas; artistas de contextos diversos para conceber vídeos documentais a partir de seus arquivos, refletindo sobre o ambiente onde suas obras são criadas; como também os curadores Isabel Ferreira e Eduardo Bonito com o projeto Brasil Sequestrado, composto por palestras performativas.


Para atender todos os segmentos pensados para o Festival, ele foi organizado em três eixos: Lugares e Processos; Laboratórios de Investigação e Brasil Sequestrado, além de uma Conferência e Conversa. "Na impossibilidade do convívio presencial coletivo e corporificado, nos perguntamos quais seriam os encontros que poderiam ativar os afetos e como poderíamos explorar o ambiente digital para refletir, vivenciar e compartilhar processos", contam Adriana e Amaury, curadores e diretores do FCD.


"Entendemos que nestes tempos de confinamentos é urgente ativar outras formas de encontros, assim como refletir sobre os processos e os contextos que inventam a dança e as artes do corpo, expandindo a possibilidade de imaginar outros futuros", dizem os organizadores.

LUGARES E PROCESSOS

Subdividido em Lugares e Processos, este eixo é composto por vídeos documentais. Em Lugares, artistas apresentam seus interesses em arte e dança por meio dos locais onde vivem. Esses vídeos possibilitam que o público se desloque virtualmente em direção a outros lugares por meio de viagens conduzidas pelo olhar de um artista do corpo para a arte presente no seu cotidiano.


Em Processos, os artistas de diferentes contextos e formações comentam sobre seus processos criativos e selecionam trechos dos trabalhos considerados significativos em suas trajetórias, compartilhando com o público referências, motivações, afetos, escolhas e práticas envolvidas na criação deles.


Os participantes desse eixo são Wagner Schwartz, coreógrafo, autor de 12 criações e ganhador de diversos prêmio em dança - entre eles o APCA 2021 de Melhor Projeto Artístico; Laurent Goldring, artista visual francês dedicado a trabalhos artísticos que cruzam os campos das artes visuais, vídeo, fotografia e cinema; Sheila Ribeiro, artista envolvida com moda, arte digital, corpo, design, comunicação e estudos culturais; Cristian Duarte, artista da dança com mais de 25 anos de atuação que integra o quadro de professores da P.A.R.T.S. (Bruxelas) desde 2018 e que tem produção reconhecida pelos principais prêmios de dança no Brasil; T. Angel, pessoa trans não binárie que, desde 2005, cria obras que borram as linguagens da performance art e da dança, além de pesquisar, nas últimas décadas, modificação corporal, arte corporal e diferentes usos do corpo, como a suspensão; Miguel Pereira, bailarino e coreógrafo de destaque na cena portuguesa, tem apresentado e lecionado na Europa, Brasil, Uruguai e Chile; Pedro Galiza, artista transmídia cujas criações se estendem em diversos fenômenos artísticos, como performance arte, música, cinema, dança, teatro e moda; e Nacera Belaza, coreógrafa premiada que nasceu na Argélia e mora na França desde os cinco anos.

LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO

Essas atividades são compostas por atividades voltadas à partilha de processos, questões, motivações, estudos e práticas com artistas, investigadores e críticos de dança.


Com Cristian Duarte (3, 4 e 5 de agosto, das 10h às 13h), artista da dança com mais de 25 anos de atuação que integra o quadro de professores da P.A.R.T.S. (Bruxelas) desde 2018 e que tem produção reconhecida pelos principais prêmios de dança no Brasil; Elisabete Finger (6 e 7 de agosto, das 10h às 13h), coreógrafa e performer que fez parte da Formação Essais, no Centre National de Danse Contemporaine d'Angers (França), e do Programa SODA – Solo/Dance/Authorship, mestrado em dança pela HZT/UdK (Berlim – Alemanha); Helena Katz (11 e 12 de agosto, das 14h30 às 16h30), professora na PUC-SP que vem investigando a relação corpo e telas, atentando-se para a desigualdade e o preconceito que a tecnologia naturaliza na sociedade; e Leandro Souza (13, 14 e 15 de agosto, das 15h às 18h), artista da dança, Mestre em Artes da Cena e Bacharel em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).


Para se inscrever, basta preencher os formulários de inscrição já disponíveis no site onde encontrará também informações detalhadas sobre cada laboratório. As inscrições para os laboratórios são efetuadas por ordem de chegada.


BRASIL SEQUESTRADO

O eixo Brasil Sequestrado é a continuidade de um projeto de dois curadores residentes em Madri - Eduardo Bonito e Isabel Ferreira - que convidaram artistas de diferentes regiões para criarem palestras performáticas que expõem a situação atual do Brasil a partir dos seus pontos de vista e com uma abordagem voltada para questões como a crise cultural, social e política enfrentada pelo país. O programa de palestras performativas do Brasil Sequestrado foi composto especialmente para o FCD e gera contextos de debate e visibilidade em torno do que ocorre no país.


Inicialmente, o projeto foi criado pelos curadores para o Festival Grec de Barcelona em julho de 2020 e, durante agosto e setembro do mesmo ano, foi apresentado em vários outros contextos da Europa, como Festival de la Cité de Lausanne (Suíça), Festival La Batie (Genebra, Suíça), Zuercher Theater Spektakel (Zurich - Suíça), Tanz im August (Berlim) e FIT - Festival Iberoamericano de Cádiz (Espanha).


Os artistas participantes desse eixo são Calixto Neto, intérprete, dançarino, coreógrafo e artista plástico que discute suas experiências de vida e trabalho em um país marcado pelo racismo estrutural; Zahy Guajajara, "artivista "que nasceu na Reserva Indígena de Cana Brava, no Maranhão, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 2010, trabalhando com TV, teatro e cinema; Alice Ripoll, coreógrafa que conversa com membro da Cia REC sobre as realidades não tão diferentes que marcam suas vidas e refletem um Brasil de profundas desigualdades; Wellington Gadelha, artista multidisciplinar negro que trabalha com artes visuais, dança, vídeo-dança e processo imersivos em arte-tecnologia e arte sonora; Ricardo Marinelli, queer, artista, pesquisadora, professora e gestora de projetos de dança e arte contemporânea; e Uýra Sodoma, biólogo, drag queen e arte-educador amazonense que discute, por meio da videoperformance, questões relacionadas aos territórios indígenas e as consequências da violenta ocupação colonial da Amazônia central


"Os vídeos do projeto Brasil Sequestrado são co-patrocinados pelo governo da Espanha e por diversos festivais da Europa com o objetivo de dar visibilidade sobre a situação atual do nosso país", conta Amaury, reforçando que essas ações já ocorrem com frequência na Europa, mas que chegam ao Brasil pela primeira vez representadas pelo FCD.


Sobre os Curadores de Brasil Sequestrado

Isabel Ferreira é gestora cultural e criadora de projetos e artefatos. Em 2018 criou o Labea - Laboratório de Artes Vivas e Ecologia; foi diretora artística do Festival DNA em 2017 e 2018, e de Composição Política em 2010, 2011 e 2016 no Rio de Janeiro. Seus projetos mais recentes são Brasil Sequestrado e Matéria Bosque.


Eduardo Bonito é coordenador do projeto Big Pulse Dance Alliance que reúne festivais de 12 países europeus. Com formação em Artes Cênicas, foi diretor do Festival Panorama do Rio de Janeiro; diretor executivo do BAC de Madrid; e diretor artístico do Dança em Foco (Rio de Janeiro, Brasil).

+ CONFERÊNCIA E CONVERSA

Conferência “Coleção de Pessoas” com a performer e criadora portuguesa Raquel André, seguida de conversa com o crítico Ruy Filho.


Os projetos da artista são focados na interação e encontro com a população local. A partir de encontros um para um, Raquel faz espetáculos, performances, conferências, livros e exposições para criar um arquivo do efémero. Raquel foi artista da APAP Performing Europe () entre 2017-20, o que lhe deu o entusiasmo e a capacidade de colaborar e trabalhar intensamente no contexto internacional. O seu trabalho tem sido apresentado em vários países da Europa, América do Sul e do Norte.


FICHA TÉCNICA

Direção Artística: Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro Comunicação e Web Development: Pat Cividanes Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Assistentes de Assessoria de Imprensa: Daniele Valério e Diogo Locci Tradução: Renata Aspesi Apoio Laboratórios: Maju Tóffuli Realização: Projeto realizado com o apoio do ProAC nº 05/2019 | Governo do Estado de São Paulo | Secretaria de Cultura e Economia Criativa Apoio Institucional: Consulat Général de France à São Paulo




LUGARES E PROCESSOS


3 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral

WAGNER SCHWARTZ - E então ele decidiu retirar o excesso de melancolia da frente do Futuro

SHEILA RIBEIRO - Nem National Nem Geographic

CRISTIAN DUARTE - : play <

T. ANGEL - Entre Frestas


9 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral

LAURENT GOLDRING - Diálogo com “La Bête” de Wagner Schwartz

PEDRO GALIZA - existe algo que ainda me acontece agora

NACERA BELAZA – Obras comentadas: “Sur le Fil” e “Le Cri”

MIGUEL PEREIRA – Era um peito só cheio de promessas


LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO


3, 4 e 5 de agosto, das 10h às 13h, por Zoom

CRISTIAN DUARTE - laboratório


6 e 7 de agosto das 10h às 13h, por Zoom

ELISABETE FINGER - Introdução às Práticas de Encantamento e Erotismo da Matéria


11 e 12 de agosto, das 14h30 às 16h30, por Zoom

HELENA KATZ - Corpo e telas: o que fazer com o que a gente (não) sabe (?)


13, 14 e 15 de agosto das 15h às 18h, por Zoom

LEANDRO DE SOUZA - Dramaturgia Emaranhada


BRASIL SEQUESTRADO


4 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral

Sessão 1: Calixto Neto - Profuturo Quilombo, Zahy Guajajara - Pytuhem - Carta em defesa dos guardiões da floresta e conversa entre artistas e curadores.


7 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral

Sessão 2: Wellington Gadelha – Assombro, Alice Ripoll/Cia Rec - Sobre perguntas, vergonhas e cicatrizes e conversa entre artistas e curadores.


8 de agosto, das 17h às 19h

RAQUEL ANDRÉ E RUY FILHO – Coleção de Pessoas


10 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral

Sessão 3: Uýra Sodoma – Manaus, uma cidade na aldeia e Morfose, Ricardo Marinelli - Cuidado com aquele bizarra e conversa entre artistas e curadores.


+ CONFERÊNCIA E CONVERSA

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