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Espetáculo Abjeto-Sujeito: Clarice Lispector por Denise Stoklos propõe encontro do teatro essencial

Espetáculo realiza o encontro cênico de três mulheres-criadoras de diferentes gerações

Foto: Leekyung Kim


O teatro essencial de Denise Stoklos encontra a obra da escritora Clarice Lispector e da cantora Elis Regina em Abjeto-Sujeito: Clarice Lispector por Denise Stoklos, no teatro do Sesc 24 de Maio. A temporada foi adiada em 2020 por conta da pandemia. O espetáculo tem dramaturgismo de Welington Andrade e direção de Elias Andreato. Em cena, Denise performa diversos textos de Lispector, como os contos A quinta história e O ovo e a galinha; os romances Água viva e A paixão segundo G.H. e a crônica Vergonha de viver.

O espetáculo surge em um momento da carreira de Denise em que ela se declara pronta para levar Clarice Lispector ao palco. “A ideia não é representar nenhuma personagem, mas sim reapresentá-las, trazendo uma ideia cênica a partir das questões levantadas por Clarice Lispector, para que o público também possa ter contato com seus temas”, conta a atriz.

Os textos foram selecionados pelo dramaturgista Welington Andrade, a partir da ideia que resulta no título do espetáculo. “São textos que fazem o percurso do que é abjeto, isto é, o que literalmente nega o sujeito, até a constituição da subjetividade, propriamente. Trata-se de uma transição, de um percurso, de uma coisa levando a outra. Essas relações podem ser observadas em diversos textos de Clarice, como nas interações das personagens G.H com uma barata – algo repulsivo porque abjeto – e aquela do conto O búfalo, que se identifica com o animal a ponto de odiá-lo”, conta Welington.


Foto: Leekyung Kim


Além da “reapresentação” de personagens de Clarice, a cena também será constituída por canções na voz de Elis Regina – momentos que irão explorar coreografias criadas por Denise Stoklos. Para o espetáculo, “foram escolhidas faixas de uma Elis mais soturna e existencialista”, afirma Welington. Algumas das músicas selecionadas são Meio-Termo, Os Argonautas e uma versão à capela de Se Eu Quiser Falar com Deus.


Denise tem se dedicado nos últimos anos a trabalhos que estabelecem interlocução com escritores, como Herman Melville, Franz Kafka, Julio Cortázar e Thomas Bernhard, procurando sempre por uma fusão da dramatização com o teatro essencial. “O resultado da peça é uma investigação radical a respeito de como o corpo, a voz e a emoção da intérprete expressam uma palavra literária empenhada em dizer o que a todo momento beira o indizível”, conclui Welington.


Ficha Técnica:

Concepção e Interpretação: Denise Stoklos

Direção: Elias Andreato

Dramaturgismo: Welington Andrade

Textos: Clarice Lispector

Canções: Elis Regina

Iluminação: Aline Santini

Espaço Cênico e Figurino: Thais Stoklos Kignel

Fotos: Leekyung Kim

Assistente de Direção: Cristina Longo

Segundo Assistente: Wallace Dutra

Cabelo: Eron Araújo

Operação de Luz: Maurício Shirakawa

Operação de Som: Vanessa Matos

Diretor de Produção: Ederson Miranda

Assistente de produção: Sofia Gonzalez

Segundo assistente: Alexandre Vasconcelos

Produção Geral: Mira Produções Culturais


ABJETO-SUJEITO: CLARICE LISPECTOR POR DENISE STOKLOS

Temporada: De 10 de Março a 03 de Abril

Horário: De Quinta a Sábado, às 20h | Domingos, às 18h

Local: Rua 24 de Maio, 109, Centro

Ingressos: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (Credencial plena e meia) | Compre aqui

Duração: 75 minutos

Classificação: 14 anos


*Obrigatório uso de máscara e apresentação de comprovante de vacinação contra covid-19 (físico ou digital), evidenciando as duas doses, ou dose única.

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