Haverá debates especiais após algumas exibições
Foto: Lienio Medeiros
Os Grandes Vulcões é um experimento no cruzamento entre o teatro e o cinema, realizado em 2021 pelo Coletivo Comum (antiga Kiwi Companhia de Teatro). O trabalho foi inspirado em Arte, verdade e política, texto escrito pelo britânico Harold Pinter (1930-2008) para a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel de Literatura em 2005.
O Coletivo realiza uma curtíssima temporada com as quatro últimas apresentações do trabalho pelo seu canal no Youtube. Após as apresentações, acontecem debates com a equipe do trabalho e dois convidados especiais: a filósofa e especialista na obra de Rosa Luxemburgo, Isabel Loureiro e um dos mais importantes intelectuais do país, o filósofo Paulo Arantes.
Dirigido por Fernando Kinas, Os Grandes Vulcões contou com a parceria de uma equipe de cinema, tendo à frente Thiago B. Mendonça, da produtora Memória Viva.
O filme-discurso usa recursos documentais exercitados pelo Coletivo Comum desde o final da década de 1990, incluindo uma ampla utilização de imagens de arquivo e uma cuidadosa trilha sonora. O trabalho analisa a política externa dos Estados Unidos, especialmente em relação à América Latina, e, simultaneamente, discute a capacidade da arte - e do teatro em particular - em expressar a verdade.
Foto: Lienio Medeiros
Não sem alguma ironia, Os Grandes Vulcões estabelece um paralelo entre o discurso da atriz Fernanda Azevedo no recebimento do Prêmio Shell de melhor interpretação, com o discurso de Harold Pinter no Nobel de Literatura.
A vídeo-peça, ao refletir sobre narrativas políticas e estéticas, sugere que em tempos de pós-verdade e fake news, o atrito entre arte e questões geopolíticas pode projetar alguma luz sobre a nossa época conturbada.
O trabalho estreou em abril de 2021 com uma temporada de seis apresentações e durante todo o ano foi exibido em parceria com organizações, movimentos sociais e instituições de ensino, como a Rede Emancipa, a Escola Livre de Teatro de Santo André, a Fundação das Artes de São Caetano, a Rede Nuestra América de escolas de teatro, o Pavilhão da Magnólia, a UNIFESP, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará, entre outros. Todas as exibições foram seguidas de debates.
Foto: Lienio Medeiros
SOBRE O COLETIVO
O Coletivo Comum, antiga Kiwi Companhia de Teatro, surgiu no final de 1996 e atua na cidade de São Paulo desde 2005. O Coletivo produziu cerca de vinte montagens teatrais, além de leituras cênicas; promoveu cursos, oficinas, debates, mostras de filmes e eventos multiartísticos, produziu materiais audiovisuais e publicações, como os Cadernos de Estudo Contrapelo. O trabalho do grupo tem como base o debate crítico sobre a formação social do Brasil, além de fazer uma investigação a respeito do papel da arte e de sua relação com as forças vivas da sociedade.
FICHA TÉCNICA Roteiro, pesquisa musical e direção geral: Fernando Kinas Elenco: Fernanda Azevedo Assistência de direção e de produção: Beatriz Calló Cenário: Julio Dojcsar Figurino: Madalena Machado Direção audiovisual: Thiago B. Mendonça Montagem: Thiago B. Mendonça e Murilo Morais Oliveira Fotografia e finalização de imagem: Gabriel Ranzani Som direto: Rafael Gonzaga Cunha Iluminação: Clébio Ferreira (Dedê) Assistência de iluminação: Gabriele Souza Cabelo: Christian Mourelhe Programação visual: Camila Lisboa Fotos de divulgação e suporte técnico: Lienio Medeiros Fotos still: André Murrer Produção geral: Daniela Embón Produção audiovisual: Renata Jardim Comunicação e redes: Gabriela Sá Earp Assessoria de imprensa: Márcia Marques - Canal aberto Realização: Kiwi Companhia de Teatro/Coletivo Comum
As gravações do trabalho foram realizadas no Galpão do Folias, na cidade de São Paulo, entre 08 e 12 de abril de 2021.
OS GRANDES VULCÕES
Temporada: De 02 a 05 de Dezembro
Horário: Quinta e Sexta-feira às 20h | Sábado e Domingo às 19h*
Local: Canal do Youtube do Coletivo Comum
Duração: 67 min
Classificação: 14 anos
*Sábado - Debate com Isabel Loureiro | Domingo - debate com Paulo Arantes
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