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Cia da Revista estreia primeiro espetáculo do projeto Conexão São Paulo - Pernambuco

  • Foto do escritor: Tadeu Ramos
    Tadeu Ramos
  • 20 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Trilogia de peças são dirigidas por Kleber Montanheiro

Foto: Cleber Correa


Em Nossos Ossos, a Cia partiu do primeiro romance do premiado autor pernambucano radicado em São Paulo Marcelino Freire para a construção do espetáculo, a partir de linguagens múltiplas, como a música (em forma de texto cantado), cenas visuais que contam a história potencializando o discurso da fala, o teatro gestual como dramaturgia do corpo, e assim por diante. A peça tem dramaturgia de Daniel Veiga (paulistano) e música original de Isabela Moraes (pernambucana). Os figurinos levam assinatura de Marcos Valadão, luz de Gabriele Souza, direção musical e arranjos de Marco França. O elenco é composto pelos atores: Vitor Vieira, Aivan, Evas Carretero, Demian Pinto, João Victor Silva e Cezar Rocafi.


A história acompanha a saga do dramaturgo premiado Heleno para fazer as honras fúnebres a um garoto de programa, Cícero, brutalmente assassinado nas ruas de São Paulo.


O espetáculo será realizado simultaneamente na versão presencial (24 pessoas por sessão) e na versão online. No teatro, o público assiste à peça em cabines de “peep show”, isoladas. Essa ideia, além de se configurar como uma segurança para o público e atores nesse momento de transição para retomada do teatro presencial, faz parte da dramaturgia, como se o espectador estivesse numa cabine de um sex shop secreto ou ainda dentro de um apartamento olhando pela janela o movimento da noite, na rua; ou ainda numa terceira alusão, dentro de um carro, observando os frequentadores da madrugada paulistana.

A versão online é reduzida e ao vivo e a câmera entra na encenação como um personagem. O câmera-man faz parte da ação como um passante que filma as cenas do cotidiano com seu celular. Dessa forma, o espetáculo atinge um público ainda maior, que pode ver o espetáculo de casa, do seu computador pessoal. Uma ação complementa a outra, não invalidando nenhuma das experiências. Cada uma terá um olhar personalizado, garantindo o interesse e o acesso ao espetáculo e tornando a forma totalmente viável em tempos de pandemia e distanciamento social. Não se trata de uma adaptação de uma obra aos nossos tempos, mas sim um projeto que já nasce nesse formato, garantindo sua realização.

A proposta da dramaturgia é reforçar o caráter poético da obra de Marcelino Freire no palco, aproximando-a da realidade nua das sombras da noite paulistana. Uma proposta atemporal, que reúne personagens da década de 80 até hoje, num povoado de seres que habitam e habitaram nossas ruas, pessoas à beira da marginalização e da violência que assombra a cidade. Daniel Veiga explorou esse submundo, colocando em discussão as relações de caráter público e privado, onde a rua torna-se casa e local de trabalho; onde a vida torna-se parceira da morte a cada instante; onde a poesia da tragédia torna-se ação dramática e nos faz pensar. A ideia de capítulos nomeados como partes do corpo humano - sugerindo uma autópsia - presente no livro foi mantida como quadros do espetáculo, resinificando a ideia em cenas do corpo humano de acordo com o conceito de cada bloco.


“Nossos Ossos é significativo pois discute vários pontos a partir da existência humana, no caráter social, moral e político: a solidão, a falta de oportunidades, a arte, as relações não aprofundadas, a desigualdade; num mundo onde as relações a cada dia se tornam cada vez mais virtuais, Nossos Ossos é um grito poético e visceral do ser humano que clama por vida real.”, comenta Kleber Montanheiro.


Foto: Cleber Correa


Ficha técnica:

Do romance de Marcelino Freire.Adaptação: Daniel Veiga. Direção e cenografia: Kleber Montanheiro. Figurinos: Marcos Valadão. Desenho de luz: Gabriele Souza. Direção Musical e arranjos: Marco França. Músicas Originais: Isabela Moraes. Assistente de Direção: Gabrielle Britto. Elenco: Vitor Vieira, Aivan, Evas Carretero, Demian Pinto, João Victor Silva e Cezar Rocafi.Costureira: Salomé Abdala. Máscara: Franklin Almeida. Direção de Cenotecnia: EvasCarretero. Serralheiro: Airton Lemos. Assistente de Cenografia: Thais Boneville. Microfonista: Eder Sousa. Fotos: Cleber Correa. Visagismo: Louise Helène. Produção: MoviCena Produções. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio


NOSSOS OSSOS

Temporada: De 30 de Outubro a 12 de Dezembro*

Horário: Sábados e Domingo às 19h | Sessões extras de sábados às 21h30

Local: Alameda Nothmann, 1135, Campos Elíseos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia)** | Compre aqui

Lotação: De 12 a 24 pessoas (pessoas juntas na mesma cabine ou individual)

Duração: 70 minutos

Classificação: 14 anos

Entrada: mediante apresentação de carteirinha com pelo menos 1 dose.


*Sessões do dia 30 serão gratuitas

**Cada ingresso garante 01 cabine com 02 lugares


Para o público em casa, ação do projeto, será disponibilizado um vídeo ao mesmo tempo que começa o espetáculo

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