A Cia. Provisório-Definitivo estreia seu 14º projeto: "A(G)ORA – O Ontem Que Me Fez Ser o Hoje"
- Tadeu Ramos
- 14 de jul. de 2021
- 7 min de leitura
O experimento cênico será apresentado em três partes

Em caráter de experimento on-line, o grupo que completa 20 anos apresenta um espetáculo performático lançando um olhar para essa trajetória e para as transformações dos artistas que integram o projeto, em meio às transformações do país nos últimos vinte anos. Com 3 partes, apresentadas em 3 dias diferentes e sem seguir uma ordem e nem contar um mesmo enredo, o experimento traz diversas cenas, esquetes, fragmentos e propostas a partir de reflexões dos artistas criadores do projeto: Paula Arruda e Pedro Guilherme, presentes no grupo desde 2001 e Flávia Couto, artista criadora convidada para participar dessa reflexão.
As cenas, ou pequenas peças, que compõem o espetáculo como um todo, foram criadas a partir de 3 motes: quem eu era/sou como pessoa em 2001, 2011 e 2021? Qual era/é meu propósito de vida em 2001, 2011, 2021? E como era/é o mundo e o Brasil em 2001, 2011, 2021?
Cada artista respondeu cada uma dessas perguntas com 3 cenas representando cada ano, isso gerou uma quantidade de 27 cenas, que foram peneiradas para se chegar nas 15 cenas que serão apresentadas nos três dias. A quantidade de cenas em cada dia varia, uma vez que existem cenas de dois minutos e outras de trinta. Assim, o espetáculo é formado de vários textos com autorias dos três participantes do projeto. Também é variada a direção, uma vez que cada artista é responsável pela proposição da sua própria cena.
Maria Fernanda Vomero, faz a provocação cênica do espetáculo e elabora reflexões e apontamentos a partir de um olhar de fora do processo de criação. Um projeto que foi idealizado por Pedro Guilherme a partir de uma prática acadêmica chamada desmontagem. Utilizada usualmente de forma mais didática para falar sobre o processo de montagem de um espetáculo já montado, o mecanismo foi pensado para abrir a discussão sobre a trajetória de um fazer e estar no mundo. Era fundamental que fosse falado sobre um grupo de teatro sem ser algo somente para pessoas que fazem teatro, ou mais ainda, que conhecem o grupo. A aposta é que mesmo quem nunca ouviu falar do grupo e dos artistas se identifique, uma vez que se almeja uma reflexão sobre a existência, escolhas e caminhos.
Esse experimento faz parte do projeto “Cia. Provisório-Definitivo 20 anos” que já teve em uma de suas ações no começo do ano a apresentação do solo autobiográfico de Pedro Guilherme intitulado “O Desejo do Outro”, com direção da Aline Filócomo e terá ainda outras ações ao longo do ano de 2021.
SOBRE A CIA. PROVISÓRIO-DEFINITIVO
Criada inicialmente por formandos de Artes Cênicas da ECA/USP da área de interpretação teatral, a Cia. Provisório-Definitivo teve depois disso, inúmeras formações, mantendo sempre no seu núcleo, Paula Arruda e Pedro Guilherme. Em 2020 , apresentou em formato de experimento on-line, ao vivo em transmissão pelo YouTube, o solo autobiográfico de Pedro Guilherme intitulado “O Desejo do Outro”, com direção de Aline Filócomo e em parceria com o Núcleo do Desejo, realizou também uma temporada on-line do experimento cênico “O Amor e a Peste”, criado e interpretado por Flávia Couto e Pedro Guilherme. Em 2018 representou o Brasil no Festival Damai Super Live em Chengdu, na China, com AS ESTRELAS CADENTES DO MEU CÉU SÃO FEITAS DE BOMBAS DO INIMIGO - indicações para o Prêmio Shell 2013 em direção e Iluminação. Sua última montagem, DADESORDEMQUENÃOANDASÓ foi contemplada com o Prêmio Zé Renato de Teatro – 2015 e o Proac Circulação - 2017. GANGUE foi o grande vencedor do Prêmio FEMSA em 2013, (Melhor Espetáculo Jovem, Ator e Atriz Coadjuvante), PELOS ARES venceu o Prêmio de Melhor Peça Infantil no Cultura Inglesa Festival em 2010; e FAMÍLIA DRAGÃO foi indicada ao Prêmio FEMSA 2009 de Ator Coadjuvante. Já TODO BICHO TUDO PODE SENDO O BICHO QUE SE É ganhou o Prêmio Funarte Petrobrás e indicação ao Prêmio FEMSA 2007 de Melhor Autor – Pedro Guilherme. Seu espetáculo de estreia, VERDADES, CANALHAS, foi premiado em todos os festivais que participou. De 2001 a 2018, o grupo produziu temporadas de 12 espetáculos. São eles: AS ESTRELAS CADENTES DO MEU CÉU SÃO FEITAS DE BOMBAS DO INIMIGO autoria do grupo e Nelson Baskerville, direção de Nelson Baskerville – 2018/2015-12; DADESORDEMQUENÃOANDASÓ – 2018-16; A COPA DO MUNDO É NOSSA? de Bebel Ribeiro, Paula Arruda e Pedro Guilherme, direção de Carlos Baldim - 2015; GANGUE de Pedro Guilherme e direção de Mauro Baptista Vedia - 2014-12; PELOS ARES de Pedro Guilherme e direção de Lavínia Pannunzio - 2012-10; FAMÍLIA DRAGÃO de Pedro Guilherme e direção de Soledad Yunge - 2011-2009; TAPE de Stephen Belber e direção de Mário Bortolotto - 2009-08; DE ONDE O SOL SE ESCONDE – HISTÓRIAS DO JAPÃO de Paula Arruda e Pedro Guilherme - 2011-07; TODO BICHO TUDO PODE SENDO O BICHO QUE SE É de Pedro Guilherme e direção de Hugo Possolo e Henrique Stroeter - 2011-06; O COLECIONADOR de John Fowles e direção de Marcos Loureiro - 2006; BULGÓIA, REPENIQUE & TROPEÇO de Hugo Possolo e direção de Cris Lozano - 2004; VERDADES, CANALHAS de Mário Viana, direção de Hugo Possolo - 2002-01.
SOBRE PEDRO GUILHERME – ator e idealizador do projeto
Ator, dramaturgo, produtor e diretor. Formado pela ECA-USP em Bacheraledo – Interpretação Teatral (2001), trabalhou 6 anos com o grupo Parlapatões, é co-fundador da Cia Provisório Definitivo e atuou em mais de 40 peças de teatro em diferentes grupos da capital. Em 2020 e em 2021 idealizou, escreveu, dirigiu e atuou ao lado da atriz Flávia Couto o experimento cênico on-line O AMOR E A PESTE. Em 2021, também atuou no solo autobiográfico com direção de Aline Filócomo intitulado O DESEJO DO OUTRO. Em 2020, atuou na peça CORPO, de Silvia Gomez, Carla Kinzo, Fernanda Rocha, Marcos Gomes e Lucas Mayor, direção de Lucas Mayor e Marcos Gomes e participou da residência artística TEATRO AGONIZANTE de Lisandro Rodriguéz na MIT-SP. Em 2019, participou do Workshop “Théâtre Total” em Les Cabannes na França. Em 2018, participou como ator e produtor do Festival Damai Supre Live em Chengdu, na China, com o espetáculo AS ESTRELAS CADENTES DO MEU CÉU SÃO FEITAS DE BOMBAS DO INIMIGO. Em 2018, esteve em cartaz como ator em HAMLET EX-MÁQUINA de Heiner Muller, direção de Erika Bodstein; A MORTE ACIDENTAL DE UM ANARQUISTA de Dário Fo, direção de Hugo Coelho; e viajou pelo interior do estado de São Paulo como ator e produtor do espetáculo DADESORDEMQUENÃOANDASÓ de Davey Anderson, direção de Carlos Baldim. No ano de 2014, foi contemplado com o PROAC Nº 40 de Incentivo a criação literária – Texto De Dramaturgia para a pesquisa e criação de (A) DOR(A), texto Vencedor do 2º Concurso Fetaerj de Dramaturgia Prêmio João Siqueira no Rio de Janeiro em 2015. Autor de GANGUE, que recebeu Prêmio Femsa de melhor espetáculo jovem de 2012. Escreveu também HISTÓRIAS POR TELEFONE (APCA de 2011 de Melhor Peça Infantil e indicação Prêmio Femsa de Melhor Autor de Texto Adaptado). Também fez a dramaturgia da Melhor Peça Infantil da Cultura Inglesa Festival de 2010, a peça PELOS ARES. Em TODO BICHO TUDO PODE SENDO O BICHO QUE SE É, foi indicado ao Prêmio Femsa 2007 como Melhor Autor de Texto Original.
SOBRE PAULA ARRUDA – atriz
Formada pelo Teatro Escola Célia Helena (1997) e pela ECA-USP – bacharelado em interpretação teatral (2001). Integrou o CPT de Antunes Filho durante seis anos (2004-2009). Vencedora do Prêmio Femsa de Melhor Atriz Coadjuvante 2012 com GANGUE (vencedora também nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Espetáculo Jovem 2012). Indicada ao Prêmio Femsa de Melhor Atriz 2011 com BILIRI E O POTE VAZIO texto e direção de Ricardo Karman. Indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz 2008 com O CÉU 5 MINUTOS ANTES DA TEMPESTADE de Silvia Gomez, direção de Eric Lenate. Pela mesma peça indicada aos Prêmios Qualidade Brasil como Melhor Atriz Drama 2008 e como Melhor Atriz 2008 ao Prêmio Quem. Com VERDADES, CANALHAS de Mário Viana, direção de Hugo Possolo: Prêmios de Atriz Revelação no 16º Festivale 2001, S. J. dos Campos e de Melhor Atriz no 8º Festival de Teatro do Rio UVA 2001, R. J. Em 2018, participou do Festival Damai Super Live em Chengdu, na China. Representou o Brasil com o espetáculo AS ESTRELAS CADENTES DO MEU CÉU SÃO FEITAS DE BOMBAS DO INIMIGO, criação da Cia. Provisório-Definitivo com o diretor Nelson Baskerville - Indicação ao Prêmio Shell 2013 nas categorias Melhor Direção e Melhor Iluminação (2018; 2015-12).
SOBRE FLÁVIA COUTO – atriz
Flavia Couto é atriz, diretora, produtora e bailarina flamenca. Doutoranda no Programa de Artes da Cena na linha Poéticas e Linguagens da Cena da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Mestre em Pedagogia do Teatro (2009) pela Universidade de São Paulo ECA/USP. Bacharel em Interpretação Teatral (2005) pela Universidade de São Paulo ECA/USP. Ministra aulas de Interpretação Teatral, Corpo, Voz e produção na Escola de Atores Nilton Travesso. Em 2020 e em 2021 idealizou, escreveu, dirigiu e atuou ao lado do ator Pedro Guilherme, o experimento cênico on-line O AMOR E A PESTE. Seus trabalhos mais recentes no teatro como atriz foram “Anaïs Nin à flor da pele”, direção de Aline Borsari do Théâtre du Soleil (3 temporadas em São Paulo e circulação Brasil e exterior - participou do Festival de teatro internacional Festival MigrActions em Paris em julho de 2019), "Hamlet-ex-machina" direção: Érika Bodstein (2018), "A Casa de Bernarda Alba" - leitura dramática musical - direção Maria Thaís (Itaú Cultural - Ocupação Laura Cardoso 2017), “Floema”, direção: Donizeti Mazonas (ProAC de montagens inéditas - Teatro Viga - 2016), “Vestir o Pai” de Mário Viana (Teatro Augusta. 2016), ''Selvagens. Homem de olhos tristes'', dirigido por Hugo Coelho, no Club Noir (2014) e "O Unicórnio", dirigido por Christina Trevisan - 2014; No cinema participou dos longas: "Amador" e “À procura de Borges” – ambos Direção: Cristiano Burlan (2016); e da série de TV "A Vida Alheia", da Tv Globo (2010).
FICHA TÉCNICA
Idealização e concepção: Pedro Guilherme. Texto direção e atuação: Flávia Couto, Paula Arruda e Pedro Guilherme. Provocação Cênica: Maria Fernanda Vomero. Trilha sonora: Barbara Frazão Arte Gráfica: Maurício Pereira. Operação de vídeo e som: Shay Soares. Produção Executiva: Pedro Guilherme. Realização: Cia. Provisório-Definitivo.
A(G)ORA – O Ontem Que Me Fez Ser o Hoje
Temporada: De 16 a 25 de Julho
Horário: Sextas, Sábados e Domingos, às 20h.
Onde: Plataforma Zoom
Ingressos: Gratuito | Retirar nos links abaixo
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