Projeto é parceria entre a Cia. Provisório-Definitivo, Núcleo do Desejo e a produtora Marcela Lordy
Foto: Divulgação
O projeto, que já foi apresentado como experimento cênico online ao vivo no começo do ano na casa dos atores, com dois fragmentos “Da Vida à Arte” e “Da Arte à Vida”, é agora experimentado em versão única, explorando os limites de linguagem entre o audiovisual, o teatral e as artes plásticas.
Inspirados por Artaud, um dos autores que ao lado de Anaïs Nin impulsionaram a peça, os criadores exploraram a contaminação entre artes - diários, cinema, teatro, artes plásticas, visuais.. Essa nova versão conta com direção da cineasta Marcela Lordy, grande nome da nova safra de diretoras de cinema nacional, da diretora de arte Vera Hamburger, e do premiado compositor Edson Secco. A equipe também é composta pela diretora de fotografia Manoela Rabinovitch, a montadora Gabriela Bernd e os figurinos de Maria D’Cajas. O Amor e a Peste teve suas filmagens realizadas em setembro de 2021 no Teatro de Contêiner e faz parte do projeto “Cia. Provisório-Definitivo 20 anos” contemplado pelo Proac Lab PRÊMIO POR HISTÓRICO DE REALIZAÇÃO EM TEATRO da Lei Aldir Blanc em 2020.
“Escolhemos o título O Amor e a Peste como extensão dos dois movimentos presentes na peça, que além de refletir sobre os caminhos e tensões entre a arte e a vida, trazem à tona duas polaridades: Eros - o êxtase do encontro amoroso e o impulso de criação, e Thanatos - a peste, a dissolução das formas de vida, a separação dos corpos dos amantes, os movimentos disruptivos e a pulsão de morte de uma sociedade máquinal.” Comenta Flavia.
Foto: Divulgação
O Amor e a Peste nasceu de uma imersão realizada no período de isolamento durante a pandemia, tendo como ponto de partida e inspiração as relações entre vida e arte suscitadas no encontro artístico e amoroso de Antonin Artaud e Anaïs Nin. Esses artistas emblemáticos inspiraram os atores-criadores, o casal de atores Flavia Couto e Pedro Guilherme, a escrever diários, reflexões e inquietações durante o período de isolamento, acerca dos processos vividos por eles, tanto no âmbito da vida, como da criação. O casal de artistas transpõe poeticamente a experiência de viver uma relação afetiva em meio ao confinamento em um apartamento em São Paulo, no Brasil de Bolsonaro, a impotência diante da realidade, a contaminação pela Covid-19, o luto por uma mãe e por uma filha, num extremo da turbulência do momento político-social.
Foram convidados para participar de maneira remota diversos colaboradores de áreas distintas, são eles: Donizeti Mazonas e Maria Fernanda Vomero, a preparadora corporal Lara Dau Vieira e o músico Edson Secco, que assina a trilha sonora original. Agora, nessa versão atual, transposta do confinamento da casa para os palcos vazios, somam-se ao projeto a cineasta Marcela Lordy, a cenógrafa e diretora de arte Vera Hamburger, e a diretora de fotografia Manoela Rabinovitch.
Ficha técnica:
Experimento cênico audiovisual realizado em sistema colaborativo
Concepção e roteiro: Flavia Couto e Pedro Guilherme
Direção: Marcela Lordy
Provocação de roteiro e cena:
Marcela Lordy e Vera Hamburger - Laboratório Fronteiras Permeáveis
Direção de arte e cenografia: Vera Hamburger
Figurinos: Maria D'Cajas
Ateliê e Acervo: D' Cajas | vestuário cênico & taylormade
Visagismo - Flavia Couto, Maria D'Cajas e Pedro Guilherme
Direção de fotografia: Manoela Rabinovitch
Iluminação: Vinícius Andrade
Segunda câmera: Gabriela Bernd, Flavia Couto e Pedro Guilherme
Montagem: Gabriela Bernd
Trilha sonora : Edson Secco
Assistente de Edição de Som: Marcelo Machado
Som direto: Leo Grego
Assistência de iluminação e operação de projeção: Pablo Perosa
Assistência de produção: Paloma Dantas
Cenotécnicos: Fábio Lima, Pedro Augusto, Pedro Guilherme.
Texto Pandêmico João Paulo Charleaux
Finalização de som: Sonideria
Músicas: Os lagartos estão a espreita, O dia em que minha terra Sangrou, Asfalto, Chaise de mars, Tensão, Banheiro Nazista, Trovoada.
Produção executiva: Flavia Couto e Pedro Guilherme
O AMOR E A PESTE
Exibições: De 26 de Novembro a 05 de Dezembro
Horário: De sexta a domingo, sempre às 21h
Local: Canal do YouTube “O Amor e a Peste”
Ingressos: Gratuito
Duração: 61 minutos
Classificação: 14 anos
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