top of page

Musical "Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais" estreia em outubro no Teatro Faap

Espetáculo homenageia o saudoso mestre da sanfona e da música popular

Foto: Priscila Prade


Apadrinhado pelo grande Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e mestre da música popular nordestina, o saudoso sanfoneiro pernambucano Dominguinhos (1941-2013) recebe uma homenagem com o musical "Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais" que estreia no dia 6 de outubro no Teatro Faap.


O espetáculo foi idealizado pelo diretor Gabriel Fontes Paiva e pela diretora musical Myriam Taubkin, que trabalharam durante um bom tempo com o homenageado. Já o texto foi criado pela premiada dramaturga e jornalista Silvia Gomez e traz de forma contemporânea toda emoção daquele que acabou se consolidando não somente como o mestre do forró, mas com uma carreira musical própria englobando diversos gêneros como o jazz, o pop e a MPB.


Para fazer jus a sua amplitude musical, boa parte do elenco veio do universo da música, como é o caso de Liv Moraes, cantora, parceira e filha de Dominguinhos, Cosme Vieira, que tocou sanfona com Dominguinhos quando ainda era criança, o ator e professor musical Wilson Feitosa, o compositor e arranjador Zé Pitoco, de Cupira / PE, que acompanhou Dominguinhos em inúmeros shows ao longo se sua carreira, a cantora e atriz Luiza Fittipaldi e os conhecidos internacionalmente Hugo Linns, músico que é referência brasileira em viola e o aclamado percussionista Jam da Silva, os três últimos de Recife / PE.


“Quando Dominguinhos faleceu foi um momento difícil, porque o acompanhamos de perto. Ele era muito querido e sempre foi uma delícia trabalhar com ele. Pouco depois da morte dele, procurei a Myriam, minha parceira no Projeto Memória Brasileira, que documenta a memória viva da música brasileira há 35 anos, para criar um musical sobre a vida e obra desse gênio. Foram 7 anos elaborando, negociando direitos autorais e viabilizando o espetáculo. E hoje eu entendo que conseguimos construir o projeto ideal com dezenas de outras pessoas que compreendem, respiram e vivem neste universo”, revela Paiva.



Foto: Priscila Prade


Sobre o processo de construção da dramaturgia, Silvia Gomez conta que o texto foi escrito ao longo de dois anos a partir de entrevistas com pessoas que conviveram com Dominguinhos, como Anastácia, Liv Moraes, além dos próprios Gabriel Fontes Paiva e Myriam Taubkin. Além disso, o jornalista especializado em música Lucas Nobile assina a pesquisa documental que apoiou a escrita dramatúrgica.


“Lucas trouxe um material vasto de linha do tempo, músicas, motivações, notícias e casos da vida desse mestre. O mergulho na obra incluiu programas, documentários, entrevistas e reportagens de jornais e revistas de época, além de livros como O Brasil da Sanfona, de Myriam Taubkin. Nos baseamos em fatos reais e depoimentos públicos de Dominguinhos, sem, no entanto, deixar de dialogar poeticamente com essa realidade, ficcionalizando certas passagens que envolvem as personagens evocadas”, comenta a autora.


Muito mais do que contar de forma linear e cronológica a vida de Dominguinhos, a dramaturgia explora essa combinação entre o documental e o poético. “Há um certo lugar delirante em minhas dramaturgias e, aqui, pude expressá-lo no recorte escolhido como procedimento narrativo: em seu último momento de vida, Dominguinhos é visitado pelas histórias, pessoas – e sanfonas – que marcaram sua carreira, como se tudo se passasse numa fração de segundo infinita do pensamento e da memória. Também sou jornalista, e, pela primeira vez, pude combinar em uma peça teatral a minha formação híbrida, entre a dramaturgia e o documento. Ou melhor, pude buscar a vocação narrativa dessa vida e dessa obra tão importantes para a nossa formação cultural e afetiva”, acrescenta.


Já a encenação parte de um jogo entre os atores e músicos, que se alternam nos papéis de Dominguinhos e das pessoas que fizeram parte da vida dele. “Este jogo tem tudo a ver com a trajetória de Dominguinhos e com a obra dele. Um homem que viveu para trazer alegria para as pessoas e que conseguia contar, inclusive coisas tristes, de uma forma alegre. A encenação parte desta brincadeira com a plateia para que a gente possa transmitir a energia que ele conseguia levar a todos nós. Quem viu Dominguinhos tocar ao vivo sabe do que estou falando e é isso que vamos tentar reproduzir”, explica Gabriel Fontes Paiva.


Ainda sobre a direção, Paiva conta que buscou resgatar como grandes referências para a montagem elementos importantes para o sanfoneiro, como a cidade de Garanhuns, em Pernambuco, onde Dominguinhos nasceu, e os ritmos e danças como forró, baião e xaxado.


“Também buscamos a música pop dos anos 70 e 80 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Fomos atrás da raiz, mas também da antena que ele foi: um músico pop que conseguiu passar por todos os gêneros musicais e realizou parcerias com dezenas de músicos de linguagens diferentes, um artista que sempre falou de sua época”, adiciona o diretor.


Ficha Técnica

Dramaturgia: Silvia Gomez

Direção artística: Gabriel Fontes Paiva

Direção musical: Myriam Taubkin

Elenco: Cosme Vieira, Hugo Linns, Jam da Silva, Liv Moraes, Luiza Fittipaldi, Wilson Feitosa e Zé Pitoco

Desenho de Movimento: Ana Paula Lopez

Desenho de Luz: André Prado e Gabriel Fontes Paiva

Figurino: Ana Luiza Fay

Cenário: Gabriel Fontes Paiva

Pesquisa documental: Lucas Nobile

Preparação vocal: Ana Luiza

Assistente de direção: Ana Paula Lopez e André Prado

Assistente de direção musical: Hugo Linns

Produção e assistente de cenografia: Carol Buceck

Coordenação técnica: André Prado

Engenharia de som e operação: Alberto Ranellucci

Assistente de som: Gustavo Magrão

Direção de Palco: Dani Colazante

Camareiro: Jô Nascimento

Contrarregra: Jeferson Oliveira dos Santos

Design gráfico: Teresa Malta

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Gestão de Projeto: Luana Gorayeb

Assistentes administrativos financeiros: Beth Vieira e Rogério Prudêncio

Produção executiva: Camila Scheffer

Assistência de produção: Rafaella Blat

Direção de produção: Dani Angelotti

Realização: Fontes Artes e Projeto Memória Brasileira


DOMINGUINHOS: ISSO AQUI TÁ BOM DEMAIS

Temporada: De 06 de Outubro a 27 de Novembro

Horário: Sextas e Sábados, às 20h | Domingos, às 18h

Local: Rua Alagoas, 903 - Higienópolis

Ingressos: R$ 120,00 (inteira) | R$ 60,00 (meia)* | Compre aqui

Classificação: Livre

Duração: 110 minutos


*Pré-venda com ingressos a R$ 50 a partir | Compre aqui


Comments


bottom of page