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Lives na Imersão ao PARA-ISO abordam estatísticas e arte-expressões de corpos com HIV/AIDS

O coletivo cênico CORRE promove bate-papos onde artistas e especialistas expõem e discutem soropositividade


Durante os dias 15, 16 e 17 de março, a Imersão ao PARA-ISO trará as experiências de artistas e especialistas quanto e com corpos positivos (HIV/AIDS e COVID-19), através de lives a serem transmitidas no perfil do Instagram do CORRE - Coletivo Cênico, diariamente das 14h até 16h30. O pesquisador e artista Ramon Fontes, a também artista e arte educadora Xan Marçall e a médica infectologista Marcia Rachid integram o time de personalidades convidadas para cruzar as semelhanças e disparidades dos impactos socioculturais aos corpos soropositivos, com evidência nas existências dissidentes.


Xan Marçall (15 de março), mulher trans amazônida do Belém do Pará, atriz performer integrante do Coletivo das Liliths e escritora, transmitirá um diálogo franco sobre seu corpo positivo para HIV há 6 anos, levantando como o vírus, em concomitância ao seu processo transicional, tem sido um deflagrador de verdades em Urgências sociais e artísticas para um corpo trans soropositivo. No encontro seguinte (16 de março), Ramon Fontes tece sob a temática A escrita soropositiva, uma pesquisa acadêmica com fontes em dramaturgias, cartas e poesias de soropositivos, colocando em pauta suas escrevivências quanto corpo positivo preto não retinto.


Para fechar o ciclo de conversas ao vivo (17 de março), Márcia Rachid em HIV/AIDS e COVID-19 - Relações Epidemiológicas, trará sua experiência profissional enquanto infectologista nacionalmente reconhecida para traçar um paralelo entre as epidemias, numa abordagem recheada de estatísticas e dados científicos. Rachid é cofundadora do Grupo Pela Vida (RJ), que busca a valorização, integridade e dignidade do doente de aids. A conversa com o público propõe o cruzamento de dados e vivências na construção de um levante crítico, mas também afetivo que tenciona: “quais são os corpos que a sociedade escolhe salvar e descartar?”.


Durante o período pandêmico que ainda vigora, enquanto a população mundial aos poucos é vacinada, as lives tornaram-se espaços de compartilhamento e fruição de lazer, expressividades e educação. O mergulho paradisíaco deste projeto de arte encenação, busca a montagem de uma teia espetáculo rizomática que atualiza registros históricos acerca de sexualidades e soropositividades, como na obra inspiradora “Devassos no Paraíso”, do dramaturgo, jornalista e cineasta João Silvério Trevisan - que também discute direitos civis, inserção social de minorias e intolerância.


A Imersão ao ParaIso (22 de fevereiro até 18 de março) - que se dá no tempo presente - é um projeto constituído por residências, bate-papos, lives e processos criativos, sendo exibido diariamente em diversas plataformas digitais - Instagram, Youtube, Zoom e Tumblr -, das 9h até 18h, durante 24 dias consecutivos.


A imersão precede o lançamento do espetáculo inédito PARA-ISO com estreia dia 3 de abril, uma trama que versa sobre pandemias, masculinidades, sorofobia e seus impactos à identidade e vida do homem gay, com ênfase nas realidades racializadas.


O projeto, que tem seu processo transmitido ao vivo, online e interativo, tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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