"Sobre Todas as Coisas – e as principais delas: o Amor e a Liberdade" fica em cartaz em curta temporada
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O teatro-filme "Sobre Todas as Coisas – e as principais delas: o Amor e a Liberdade" narra a relação intrincada entre três personagens numa grande cidade e que se espalha para dentro das páginas de um livro. Para além das questões cosmopolitas e das violências todas que nos afetam, essa obra se volta também para a percepção de um momento histórico do mundo, uma pandemia global. Todos os artistas e técnicos envolvidos na realização dela enfrentam a mesma pandemia, mas em estágios e com perspectivas diferenciadas, diretamente ligadas aos países em que vivem.
Tudo foi registrado via celulares, webcams e a comunicação era guiada via fones de ouvidos, por onde o som quase sempre chegava com atraso. Um espaço criativo diferenciado se criou entre a Cidade do México, Londres e São Paulo. Um lugar que não existe nos mapas, mas se colocou como lugar profícuo e desafiador para a criação.
Na história, Matheus é um escritor marginal. Ele tem alguns livros publicados, mas sem alcançar um grande êxito editorial. Este criador luta contra as estratégias mercadológicas do seu editor, ao mesmo tempo em que, por meio das imagens cruéis que o envolvem pela grande cidade, tenta manter acesa a chama que conduz a sua criação.
A história do novo livro de Matheus (Carlos Sanmartin) narra o relacionamento turbulento entre uma prostituta (Luciana Ramanzini) e um jovem milionário paulistano (Mateus Monteiro). Entre o amor e a compra, este relacionamento debate questões bastante atuais e pungentes da vida contemporânea: a misoginia, as violências estruturais sustentadas pelo patriarcado e as conquistas das mulheres em sociedade.
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O escritor não poupa as suas personagens das situações mais violentas e degradantes, e, também ele, mergulha profundamente neste submundo para tentar emergir das profundezas com novas compreensões dessas questões.
A cidade está um caos. O mundo está um caos. Estamos todos parados diante de uma tempestade que já perdura por dias, meses, anos. A vida pessoal de Matheus também está caótica. Há dois anos ele tenta, inutilmente, salvar o seu casamento. Por mais que ele não perceba, o seu novo livro, recusado pela oitava vez pelo editor, é a sua mais completa e impiedosa autobiografia.
As cidades são os cenários para a exposição das ações e dos olhares controversos de ‘Sobre Todas as Coisas’. Elas, as cidades, são o porão do espaço criativo de um autor marginal, mas também são os cenários das memórias que ditam os traços primordiais das ações e inações desses homens e dessas mulheres que habitam a pólis neste nosso tempo.
Cartaz do filme "Sobre Todas as Coisas...E As Principais Delas: O Amor e a Liberdade"
Deste modo, no teatro-filme ‘Sobre Todas as Coisas – e as principais delas: o Amor e a Liberdade’, artistas e técnicos criam um simulacro de realidade. Uma busca por construir uma realidade que se esbarra em ausências imutáveis e distâncias intransponíveis. Talvez este ponto seja onde a obra mais se aproxime dos vazios latentes do nosso tempo. Tudo o que parece, efetivamente, não é. Como muito dos estados que regem as relações humanas na pós-modernidade.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Carlos Sanmartin, Luciana Ramanzini e Mateus Monteiro
Participação Especial (em off): Thiago Freire
Texto e Direção Geral: Kleber di Lazzare
Direção de Arte e de Fotografia: Kleber di Lázzare, Carlos Sanmartin, Luciana Ramanzini e Mateus Monteiro
Montagem e Edição: Gustavo Batistão
Finalização: Rudge Campos
Trilha Sonora Original: Carlos Sanmartin
Identidade Visual e Redes Sociais: Carlos Sanmartin
Produção Executiva: Marina Rodrigues
Realização: Kleber di Lázzare, Carlos Sanmartin, Luciana Ramanzini e Mateus Monteiro.
SOBRE TODAS AS COISAS – E AS PRINCIPAIS ELAS: O AMOR E A LIBERDADE
Exibição: De 14 a 21 de Dezembro
Horário: às 20h
Local: Plataforma Sympla
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia-entrada) | Compre aqui
Gênero: Drama
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos
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