Depois de atuar em "Gênesis", a atriz celebra protagonismo no filme musical “Um Broto Legal”
Foto: Pino Gomes
Foi tocando o hit “Estúpido Cupido” ao piano e cantando com sua voz afinada que a atriz, cantora e dubladora carioca Marianna Alexandre conquistou o protagonismo de “Um Broto Legal”, cinebiografia nacional dirigida por Luiz Alberto Pereira, responsável também pelo roteiro junto de Dimas de Oliveira Jr., e que chega aos cinemas dia 16 de junho, com distribuição da Pandora, para contar a história da cantora Celly Campello (1942 - 2003), considerada a primeira popstar do rock nacional. Com estreia adiada em função da pandemia, o filme que vai celebrar o octogenário da cantora teve todo seu processo, entre testes, preparação de atores e gravações, realizado em 2019. O elenco foi convidado a mergulhar na época retratada através de muita pesquisa e palestra, incluindo a consultoria especial de Tony Campello, irmão mais velho de Celly, e precisou conter a ansiedade até que o longa pudesse chegar às telas. Escolhida para dar vida à dona de hits como “Banho de Lua” e “Túnel do Amor”, e assumindo sua primeira protagonista nas telas, Marianna, que apesar da pouca idade já era familiarizada com o repertório da cantora por influência dos pais, chegou a compor uma música especialmente para o filme – executada brevemente em uma cena – e não hesitou à proposta de aderir ao corte de cabelo pixie, característico do período, para uma maior conexão cênica. “Desde pequena meus pais colocavam músicas da Jovem Guarda para eu e minha irmã escutarmos. Crescemos ouvindo ‘Estúpido Cupido’ na sala de casa, sempre sorrindo e dançando por horas, sem parar. Posso dizer que, com certeza, foi uma responsabilidade imensa interpretar Celly, uma artista excepcional, uma cantora que é tão importante e querida pelo Brasil. Poder protagonizar essa história, em todas as fases do longa-metragem, foi uma experiência enriquecedora, tanto como atriz, quanto como fã”, diz. Com um roteiro que explora desde a infância da estrela, as relações com a família e com a cidade de Taubaté, onde nasceu, passando pela sua ascensão meteórica no rock nacional, até a decisão de encerrar a carreira para se casar, no auge dos anos 60, Marianna, acostumada a viver personagens de época em outros trabalhos, como na novela “Gênesis” e nos musicais “Se Meu Apartamento Falasse” e a segunda montagem de “A Noviça Rebelde”, abraçou novos desafios.
Foto: Pino Gomes
“Acredito que minha maior dificuldade foi encontrar a melhor maneira de representar os trejeitos da Celly. Como interpretei a precursora do rock nacional, tive que fazer uma grande pesquisa, desde o seu modo de falar até como ela se portava nos shows. Ela é de Taubaté, interior de São Paulo, e eu sou do Rio de Janeiro, ou seja, temos uma enorme diferença de sotaque e acho que isso foi o mais desafiador para mim; tive que treinar muito, mas fiquei feliz com o resultado. E mesmo ela não estando mais aqui, gosto de pensar que esteve olhando por nós durante todo o processo, como uma energia linda, e espero que ela esteja muito orgulhosa do nosso filme, que estou louca para assistir!”, finaliza.
PLURALIDADE ARTÍSTICA Foi ainda criança, aos sete anos, que Marianna descobriu a música, em todas as suas formas. A carioca, que na época morava em Brasília, fez musicalização, participou de coral e aprendeu teclado, o que foi um curto passo para o contato com o piano erudito, que estudou por quatro anos na Escola de Música de Brasília (EMB), onde se formou no curso básico e onde também teve o primeiro contato com o lado atriz, ao ser selecionada para seu primeiro teste profissional e que lhe rendeu uma participação no filme ‘O Outro Lado do Paraíso’, de André Ristum, lançado em 2016 - uma porta de entrada para novas oportunidades na TV, no cinema, na dublagem, e também nos palcos. “Depois do filme, eu sabia que queria seguir a arte como profissão, então comecei com os cursos de teatro. Na época, morava em Brasília, mas logo depois me mudei para o Rio de Janeiro, e, desde então, não parei mais de estudar. Cursei o Tablado por dois anos com o Cico Caseira, fiz cursos livres na CAL e entrei no Aprofundamento em Teatro Musical do Ceftem - sendo a aluna mais nova nele. Sempre sonhei em estudar no exterior, e em 2018 consegui concretizar ao ganhar uma bolsa de estudos para estudar Teatro Musical durante um mês no New York Conservatory for Dramatic Arts”, conta ela sobre seus passos acadêmicos, que a levaram conquistar papéis em musicais como “Se Meu Apartamento Falasse” e “A Noviça Rebelde”, alternando o papel de Liesl com Larissa Manoela.
Foto: Pino Gomes
Embora colhendo os frutos de sua primeira protagonista no cinema com “Um Broto Legal”, a relação da artista com a sétima arte não é novidade, e se estreita ainda mais através do universo da dublagem, onde há anos transita por diferentes gêneros como suspense e terror, ao emprestar voz para personagens como Margareth em ‘Invocação do Mal 2’, Carol em ‘Annabelle 2’, Amélia em ‘Bizaardvark’ e Nicole Gordon na série ‘Pretty Little Liars’, em filmes de ação como ‘Homem Aranha de Volta ao Lar’ dando voz à Cindy, e em produções infantis e adolescentes como ‘Gabby Duran - Babá de Alliens’, onde dubla a protagonista, e na animação ‘A Guarda do Leão’, como Rani, ambas exibidas pelo Disney Channel. Marianna se dedica ainda à carreira na música, iniciada durante a pandemia, com o lançamento do primeiro single autoral e clipe “Cor de Mel”, seguido do seu mais novo trabalho, “Timbre Imperfeito”, lançado no último dia 29, e disponível em todas as plataformas digitais. A canção faz parte de um projeto arquitetado em parceria com a gravadora Bazuca, que estará à frente das próximas canções que devem compor seu primeiro EP, apoiado no ecletismo do pop.
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