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"Esperando Godot" marca o retorno de Alexandre Borges a um espetáculo do Teatro Oficina

  • Foto do escritor: Tadeu Ramos
    Tadeu Ramos
  • 3 de mai. de 2022
  • 3 min de leitura

Com direção de Zé Celso Martinez Corrêa, espetáculo estreia em Maio


A peça de Samuel Beckett, escrita pós Segunda Guerra Mundial, nasce para o mundo mais uma vez, como sempre surgiu, entre guerras, estremecendo nossas inércias e os abismos que nos circundam.


Esperando Godot é uma peça de forte simbologia para a Companhia – foi o último espetáculo de Cacilda Becker (1969), força motriz de criação para as muitas gerações de artistas do Teatro Oficina. Esperando Godot marca também a volta aos palcos de Zé, como sua primeira direção de teatro depois de 2 anos desde a suspensão imposta pela pandemia. Depois de quase dois anos à espera e à espreita da chegada do grande público, a companhia se prepara para receber coros de multidão no Teatro Oficina.


O Teatro Oficina completou 63 anos de existência. No teatro se encarnam as entidades do mundo que atravessam as épocas, os corpos, as guerras e a peste, criando novos mundos, imaginando, experimentando e interpretando a vida a partir do fogo dos que vieram antes de nós e dos que nos esperam adiante. No Brasil, no mundo, muitas vidas estão agora sob grande ameaça. Estados assumem sua ação em políticas de morte. Todos povos que neste momento, e desde há muito, pulsam suas existências e se insurgem contra as violências institucionais estão sob a mira da extinção, do apagamento, do desaparecimento forçado. Os povos da cultura, operários-criadores, os povos do teatro, das artes, também são foco de extermínio e soterramento.


Foto: Ronny Santos


Para atravessar este pântano, será preciso invocar, e ao mesmo tempo encarnar, a sabedoria das alianças e das confluências, como os rios correm juntos em direção aos vales. fazer parentes, fazer-teatro, lutar-junto, criar-junto é agora uma tecnologia política e uma máquina de guerra, contra a guerra. Malditas sejam todas as cercas que nos apartam do poder da nossa força coletiva de ação: só se existe em ATO.


A Árvore que está presente no Beckett é uma personagem muito importante na montagem de 2022, totem das transmutações do tempo, é um sujeito que catapulta ações na cena e fora dela. Tem correspondências diretas com a árvore plantada por Lina Bo Bardi, nos anos 80, nas terras internas do chão do Teatro Oficina: uma Cesalpina; faz ligação direta, ainda, com o abacateiro tombado pela tempestade e que insiste em germinar e dar frutos, na horizontal, mais vivo do que nunca, no último chão de terra livre do centro de sp, entre as ruas Jaceguai, Japurá, Santo Amaro e Abolição. A Árvore de Esperando Godot é o que insiste e reexiste como força cosmopolítica de insurreição da vida, como o rio Bixiga, que corre a 4m do chão, no epicentro das terras verdes que circundam o Teatro Oficina.


Foto: Jennifer Glass


A peça marca também o retorno de Alexandre Borges a um espetáculo da companhia depois de quase 30 anos. O ator viveu o Rei Cláudio na montagem de Ham-let, de William Shakespeare em 1993, espetáculo que reinaugurou o Teatro Oficina, com o atual projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi e Edson Elito.


Ficha Técnica

Direção: José Celso Martinez Corrêa

Assistência de direção: Beto Eiras

Dramaturgia: Samuel Beckett

Tradução: Catherine Hirsch, Verônica Tamaoki e Zé Celso

Conselheira Poeta: Catherine Hirsch

Elenco: Marcelo Drummond, Alexandre Borges, Ricardo Bittencourt, Roderick Himeros

e Tony Reis

Direção de Arte e Arquitetura Cênica: Marília Gallmeister e Marcelo X

Video: Ciça Lucchesi e Igor Marotti

Direção de Cena: Otto

Contrarregra: Debora Balarini

Trilha Sonora e Direção Musical: Felipe Botelho

Assistência de direção musical: Amanda Ferraresi

Participaram das gravações: Ito Alves (Percussão), Beatriz Id (Voz), Cosme Lucian (Berimbau)

Preparação Vocal: Beth Amin

Trabalho de corpo: Rodrigo Andreolli

Desenho de Luz: Luana Della Crist

Assistência e operação de luz: Cyntia Monteiro e Pedro Felizes

Operação de som: Camila Fonseca e Clevison

Figurino, Maquiagem e Visagismo: Sonia Ushiyama

Assistência de maquiagem: Kael Studart

Cenotécnica e Montagem: Cássio Luís Da Silva Omae, Cleber Silva Martins, Renato Inácio dos Santos (Renatão), Luís Fernando Narcizo Gomes(Kiko) e João Tadeu Guadagnini Paiva

Camareira: Cida Mello

Comunicação e Mídia Tática: Cafira Zoé, Camila Mota e Igor Marotti

Identidade Visual: Igor Marotti

Editoração, textos e entrevistas: Cafira Zoé e Camila Mota

Design Gráfico: Ciça Lucchesi e Igor Marotti

Makumba Gráphyka: Cafira Zoé e Camila Mota

Transcrição: Kelly Campello e Nash Laila

Tradução e Legenda: Maria Bitarello

Fotografia: Jennifer Glass

Administração e Produção: Anderson Puchetti

Produção: Ana Sette, Tati Rommel e Victor Rosa

Estratégia: Camila Mota e Marcelo Drummond


ESPERANDO GODOT

Temporada: De 05 de Maio a 19 de Junho

Horário: Quinta a Sábado às 20h | Domingo às 18h

Local: Rua Jaceguai, 520 - Bixiga

Ingressos:

Quinta e Sexta R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia)

Sábado e Domingo R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia)

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Obrigatório o uso de máscara e apresentação do comprovante de vacinação com pelo menos duas doses

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