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Companhia Nova de Teatro remonta três obras do dramaturgo norte-americano Richard Foreman

Montagens têm direção de Lenerson Polonini e serão apresentadas em versão online.


Foto: Antônio Simas Barbosa


Encenadas pela Companhia Nova de Teatro, que completa 20 anos em 2021, as peças têm direção de Lenerson Polonini. O projeto foi contemplado pelo PROAC da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e encenado em 2015, na SP ESCOLA DE TEATRO. Em 2017, o grupo encenou a última parte da trilogia no SESC Pinheiros. Em 2021, por meio da Lei Aldir Blanc, as peças foram remontadas e gravadas na FUNARTE SP, para transmissão online no canal do grupo no Youtube. Durante a temporada online, está prevista um encontro online com o dramaturgo, em data e dia a definir.


“Queremos com o projeto difundir o universo e o teatro provocativo do grande Richard Foreman, um dos autores norte-americanos mais instigantes da atualidade”, afirma o diretor Lenerson Polonini. Em janeiro de 2014, com recursos do grupo, Lenerson e a atriz, performer e figurinista Carina Casuscelli visitaram o dramaturgo e acompanharam o seu processo criativo, em Nova York, buscando conhecer mais profundamente o seu universo.

“A encenação das peças busca, na singularidade dos textos de Foreman, pontos de conexão da realidade brasileira, apoiados no teatro total que caracteriza as obras do autor”, declara Lenerson, fundador da premiada Companhia Nova de Teatro, reconhecida por encenações estilizadas, performáticas e com grande apelo visual, utilizando o vídeo como fonte de luz e reverberação do inconsciente e dos fluxos de consciência das personagens.

As referências estéticas empregadas na construção de BADBOY NIETZSCHE, PROSTITUTAS FORA DE MODA e OS DEUSES ESTÃO MARRETANDO A MINHA CABEÇA: performance art, dadaismo, surrealismo, artes plásticas, vintage e collage, propõem uma exposição simultânea capaz de produzir significados e provocações, convidando o espectador a juntar peças de um quebra-cabeças inacabado, lançando flashes e memórias disjuntivas de nosso tempo.

“O teatro proposto por Foreman se afirma como processo e não como resultado pronto; como atividade de produção e ação e não como produto; como força atuante e não como obra. E abraçando essa linha, as encenações da Cia pretendem destacar o corpo como totalidade, o gesto expandido, o movimento em dança, privilegiando ações físicas, dando densidade às interpretações, explorando a ideia da figura nonsense”, finaliza o diretor.


O elenco é composto por Fábio Mráz, Carina Casuscelli, Marcelo Marothy, Rafael Schimitt e Rosa Freitas, além de Paulo Cesar Peréio, que faz participação especial em voz off e em vídeo. A música é de Wilson Sukorski e os vídeos de Alexandre Ferraz. Lenerson Polonini também assina a iluminação e concepção espacial. A direção de arte, figurinos e maquiagem são de Carina Casuscelli. A tradução das peças é de Fábio Fonseca.


PROGRAMAÇÃO


OS DEUSES ESTÃO MARRETANDO A MINHA CABEÇA (25 de Setembro)

Fotos: Antônio Simas Barbosa


O espetáculo nos apresenta dois lenhadores rivais que esmagam tudo o que vêem pela frente, esperando que a verdade cósmica venha substituir a banalidade de suas vidas cotidianas. Uma bela mulher inicia-os nos mistérios do sexo, da morte e da ressurreição. A peça apresenta uma série de exercícios espirituais que contestam o fascínio do erótico e as falsas promessas de sabedoria e poder.

Nessa versão, com contornos de brasilidade, os machados dos lenhadores ganham auxilio de motosserras: uma alusão ao contexto atual de desmatamento da Amazônia, ampliando a dimensão da obra para uma abordagem de problemas político-sociais do país. O cenário virtual inclui fragmentos de uma Amazônia devastada pela ganância do motosserra e suas consequências para o planeta.


Ficha Técnica:

Texto: Richard Foreman. Direção e iluminação: Lenerson Polonini. Tradução: Fábio Fonseca. Elenco: Marcelo Marothy, Rosa Freitas e Rafael Schmitt. Participação especial em voz off: Paulo Cesar Peréio. Figurinos: Carina Casuscelli. Trilha sonora: Wilson Sukorski. Vídeos: Alexandre Ferraz. Colaboração em vídeos e edição: Armando Lima. Operação de som: Felipe Moraes. Operação de luz: Verônica Castro. Operação de imagem: Téo Ponciano. Gravação: Armando Lima e Pedro Picanço. Edição: Tree Content House. Produção: Companhia Nova de Teatro. Fotos: Antônio Simas Barbosa. Duração – 41 minutos. Classificação: 16 anos. Gênero: teatro experimental.



PROSTITUTAS FORA DE MODA (UM ROMANCE REAL) (02 de Outubro)

Fotos: Antônio Simas Barbosa


A peça navega entre o expressionismo e o surrealismo, entre o lirismo e o sarcasmo, numa narrativa que se esforça em reconstruir a jornada sentimental de um jovem que envelheceu perdido entre o mundano e o platônico. Uma busca de sentido para existências extraviadas do prazer redentor, do desejo salvador e de um Eu sacrificado pelo absurdo.


A peça é uma viagem vertiginosa sobre quatro vidas em ruínas e fora de prumo, em meio a um vale sombrio de fluxos de consciências, que buscam o sentido de suas existências. A atual montagem busca mesclar histórias das prostitutas dos grandes centros urbanos, discutindo questões sobre a decadência humana.


Ficha Técnica:

Texto: Richard Foreman. Direção e iluminação: Lenerson Polonini. Tradução: Fábio Fonseca. Elenco: Fábio Mraz, Carina Casuscelli, Rosa Freitas e Rafael Schmitt. Participação especial em voz off e vídeo: Paulo Cesar Peréio. Figurinos: Carina Casuscelli. Trilha sonora: Wilson Sukorski. Vídeos: Alexandre Ferraz. Colaboração em vídeos e edição: Armando Lima. Operação de som: Felipe Moraes. Operação de luz: Verônica Castro. Operação de imagem: Téo Ponciano. Gravação: Armando Lima e Pedro Picanço. Edição: Tree Content House. Produção: Companhia Nova de Teatro. Fotos: Antônio Simas Barbosa. Duração – 51 minutos. Classificação: 18 anos. Gênero: teatro experimental



BADBOY NIETZSCHE (09 de Outubro)

Fotos: Antônio Simas Barbosa


O espetáculo destaca o sujeito Nietzsche em crise, assombrado por seus fantasmas e angústias, sem qualquer enredo discernível, do ponto de vista do drama tradicional. O autor apresenta a crise do sujeito, do artista e da perda de identidade do homem fragmento, sob a lente filosófica. Uma visão multifacetada e onírica de Nietzsche, que reflete a condição do homem atual em um mundo cada vez mais sem sentido.


Na peça, uma criança, uma linda mulher e um homem perigoso indagam Nietzsche sobre diversas questões, em um jogo filosófico e de repetições que beiram o nonsense.


Ficha Técnica:

Texto: Richard Foreman.Direção e iluminação: Lenerson Polonini. Tradução: Fábio Fonseca. Elenco: Marcelo Marothy, Rosa Freitas e Rafael Schmitt. Participação especial em voz off : Paulo Cesar Peréio. Figurinos: Carina Casuscelli. Trilha sonora: Wilson Sukorski. Vídeos: Alexandre Ferraz. Colaboração em vídeos e edição: Armando Lima. Operação de som Felipe Moraes. Operação de luz: Verônica Castro. Operação de imagem: Téo Ponciano. Gravação: Armando Lima e Pedro Picanço. Edição: Tree Content House. Produção: Companhia Nova de Teatro. Fotos: Antônio Simas Barbosa. Duração – 45 minutos. Classificação: 16 anos. Gênero: teatro experimental.



TRILOGIA RICHARD FOREMAN


Temporada: De 25 de Setembro a 09 de Outubro

Horário: Sábados, às 11h*

Local: Canal do Youtube da Companhia Nova de Teatro

Ingressos: Gratuito


* Após a estreia, as peças ficarão disponíveis durante 24 horas no canal.


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