Montagem voltada ao público juvenil borda sentimentos universais, como amor, luto, perda e acolhimento.
Foto: Divulgação
Ana adora desenhar e ama baleias, na verdade, prefere baleias a pessoas e se comunica muito melhor com os seus desenhos. No espetáculo juvenil "Ana e a Baleia" a Benvinda Cia. aborda sentimentos universais, como amor, luto, perda e acolhimento, trazendo à cena um retrato sensível de uma pessoa neuroatípica e seu amadurecimento.
Com texto e direção de João Hannuch e um elenco completamente feminino, formado pelas atrizes Beatriz de Franco, Isabela Tilli, Jhullie Campos e Virginia Lapoian, "Ana e a Baleia" começa com uma tragédia e um mistério. A mãe de Ana com quem ela se relaciona o tempo todo e a entende como nenhuma outra pessoa desaparece, mas ninguém aceita falar com a menina a respeito.
Foto: João Hannuch
Quando os adultos se recusam a dar respostas e para lidar com a dor e a saudade, Ana cria uma própria aventura e as suas próprias palavras em uma maneira toda especial de ver o mundo. Livremente inspirado em O Curioso Caso do Cachorro Morto, de Mark Haddon, "Ana e a Baleia" aborda o universo de uma pessoa neuroatípica e os atritos com um mundo que a exclui ao invés de tentar entendê-la.
Perceber as diferenças
Para o dramaturgo e diretor João Hannuch não é preciso saber exatamente porque Ana é diferente da maioria das pessoas que encontra, apenas perceber que ela é. Ana é qualquer pessoa que já se sentiu excluída e não ouvida e é na universalidade desse sentimento que nos identificamos com ela. É o seu olhar único que nos guia e nele, encontramos dilemas tão universais quanto o desejo de amor, pertencimento, a saudade e o medo. Afinal, quando começamos a perder quem amamos, como manter sua memória em nós para sempre?”, explica ele.
Além de lidar com a perda, Ana, ao mesmo tempo, vive novos e fortes sentimentos com sua única amiga, Suzy, descobrindo as intensas mudanças do começo da adolescência enquanto sua realidade muda drasticamente. “Crescer dói, mas faz parte da vida. Apesar dessa jornada doída, quero despertar no público uma experiência sensível e de empatia”, conta João Hannuch.
Espetáculo vira HQ
Os ensaios presenciais de "Ana e a Baleia" começaram em fevereiro de 2020. Com o surgimento da pandemia e a necessidade do isolamento social, o processo passou a buscar novas formas de existir.
Foto: João Hannuch
Inicialmente como um projeto paralelo, o diretor e dramaturgo João Hannuch transformou o texto em uma HQ, partindo de imagens e construções criadas durante o processo de ensaios. "Ana e a Baleia" é uma peça que pode ser assistida presencialmente, é uma HQ que pode ser lida como tal e também é esse híbrido, que oferece uma experiência diferenciada e única ao público de expansão do produto teatral (que se torna parte do conceito do que é o teatro pop).
Ficha Técnica:
Texto e direção: João Hannuch | Assistência Geral: Nina Moratto | Trilha Sonora Original: Giovanne Malta | Elenco: Beatriz de Franco, Isabela Tilli, Jhullie Campos e Virginia Lapoian | Cenografia: Nina Moratto | Assessoria de Imprensa: Nossa Senhora da Pauta.
ANA E A BALEIA
Temporada: De 22 de Janeiro a 12 de Fevereiro
Horário: Sábados às 19h
Local: Teatro Irene Ravache – Rua Capote Valente, 667 – Pinheiros
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) | R$ 20,00 (meia-entrada) | Compre aqui
Duração: 50 minutos
Classificação: 10 anos
HQ ANA E A BALEIA
Texto e Ilustrações: João Hannuch
Edição: Isabela Delambert
Publicação: Editora Giostri.
Valor: R$ 60,00 (a venda nas sessões do espetáculo e nas livrarias Giostri)
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