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Adaptação de Antunes Filho, Gilgamesh, é tema de coleção digital do CPT_SESC

Imagens de figurinos, peças gráficas e outros elementos de cena que compõem o acervo do espetáculo estarão disponíveis na plataforma Sesc Digital



No dia 07 de junho, a peça Gilgamesh, adaptação de Antunes Filho, passa a integrar o acervo digital das Coleções e Acervos Históricos do CPT_SESC, disponível na plataforma Sesc Digital. São imagens de figurinos, cenário, peças gráficas e outros itens que recontam a história dos espetáculos.

Gilgamesh é considerada a primeira das grandes epopeias literárias da humanidade, escrita quase dois milênios antes de Homero. A história narra os feitos do mito sumério Gilgamesh, rei de Uruk (cidade da antiga Mesopotâmia), que era dois terços divino e um terço humano e passou a vida em busca da imortalidade.

Para Antunes Filho, a morte era considerada o maior drama humano e foi o que despertou o seu interesse em trazer para os palcos a interpretação do tema, expondo os conflitos e o medo dos homens perante sua condição mortal.

Por não ter encontrado uma versão que atendesse suas expectativas, o encenador decidiu escrever sua própria, que teve montagem em 1995 e foi publicada em 1999.

A adaptação de Antunes

A encenação integrava a investigação cênica empreendida pelo diretor sobre o mito da imortalidade, juntamente com outro aspecto fundamental do seu método em desenvolvimento no CPT e Grupo Macunaíma: o processo junguiano de individuação, que passou a ser a pedra angular do seu trabalho, incorporado às técnicas aplicadas na formação do ator.

Gilgamesh foi um trabalho de pesquisa e vivência para os atores, no qual, segundo Sebastião Milaré, Antunes instaura um ritual com a 'técnica do afastamento', que consiste na narração da epopeia de Gilgamesh feita pelos atores, que se revezam para leitura do livro sagrado após a performance da dança Dervixe.

A cenografia traz um jogo entre a forma estética e a realidade de onde ela procede, que inclui os carros-vitrinas e elementos que surgem e desaparecem durante a cena.

A coleção Gilgamesh (1995) é a sétima peça a integrar as Coleções de Acervos Históricos disponíveis na plataforma digital do Sesc, juntando-se a Antígona (2005), Medéia (2001) e Medéia 2 (2002), Fragmentos Troianos (1999), Xica da Silva (1988), A Hora e vez de Augusto Matraga (1986) e A Pedra do Reino (2006), que permanecem on-line para serem visitadas a qualquer instante.

Serviço:

GILGAMESH – Coleções e Acervos Históricos do CPT_SESC

Figurinos, objetos de cena, materiais gráficos em coleção digital que apresenta o acervo do espetáculo Gilgamesh, montado em 1995 pelo CPT, com direção de Antunes Filho.

[disponível, a partir de 07 de junho, na plataforma Sesc Digital]

Sobre as Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC

As Coleções e Acervos Históricos CPT_SESC trazem ao público seleções dos figurinos e outros itens de peças encenadas pelo CPT. Um minucioso trabalho de pesquisa possibilitou a recomposição e restauro de 150 trajes cênicos compostos por 470 itens, de 13 espetáculos: A hora e vez de Augusto Matraga, Antígona, Foi Carmen, Fragmentos Troianos, Gilgamesh, Medeia, Medeia 2, Nossa Cidade, Toda Nudez Será Castigada, Trono de Sangue, Pedra do Reino, Vereda da Salvação e Xica da Silva. Em seguida, os figurinos foram registrados pelo fotógrafo Bob Sousa, fotos essas que são hoje o fio condutor das Coleções.  Sobre o Sesc Memórias

Implantado e coordenado pela Gerência de Estudos e Desenvolvimento do Sesc São Paulo, o Sesc Memórias é um programa que desde 2006 atua na coleta, higienização, organização, guarda e disponibilização da documentação produzida pela instituição, com o propósito de preservar e difundir suas memórias. Integram seu acervo os registros produzidos desde a criação do Sesc, em 1946. São diversos gêneros, suportes e formatos de documentos que assinalam a ação finalística da instituição e seus processos de trabalho, como materiais de divulgação, fotografias, produtos institucionais, ações programáticas, relatórios, entre outros. Seu acervo contribui para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido pela instituição, bem como para a promoção de pesquisas e de produção de conhecimentos, na medida em que é acessível ao público interno e externo, reforçando a memória como um valor a ser cultivado.

Sobre o CPT_SESC

O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo das décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado.

Em tempos de distanciamento social, a programação do CPT_SESC acontece on-line e apresenta ciclos de debates, mostras virtuais, cursos, podcasts, oficinas, entre outras atividades, com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs.

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