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"A Pane", de Friedrich Dürrenmatt, retorna ao Teatro FAAP

Espetáculo tem direção de Malú Bazán e foi sucesso de crítica e público


Foto: Ronaldo Gutierrez


Ao chamar de “A Pane” seu conto (depois transformado em teatro), Dürrenmat não estava só pensando na falha mecânica de um Jaguar, que leva o protagonista a uma situação inesperada. A pane também diz respeito a este nosso mundo, repleto de imperfeições e catástrofes, de falhas da Justiça, de culpas e desculpas. Dürrenmat é daqueles autores que divertem e dão o que pensar.


A situação é inusitada. Um jogo em que octogenários juristas aposentados encenam suas antigas ocupações e, como diz o juiz anfitrião, agora não mais presos “a formas, protocolos, leis e todo o entulho inútil dos tribunais”. Neste jogo eles enredam um próspero representante comercial. Qual o seu crime? Não importa: “crime é algo que sempre se pode encontrar”.


Foto: Ronaldo Gutierrez


Ao brincar de tribunal, os personagens nos fazem questionar o conceito de justiça, o sistema de Justiça, e este nosso mundo “de inocentes com culpa e culpados sem culpa”. A encenação reúne atores de várias gerações, para falar, não de uma história antiga, mas de “uma história ainda possível”, como o autor a qualifica.


Após uma suspensão de quase dois anos em razão da pandemia, o espetáculo volta com força total, mostrando a intensidade e alegria de fazer arte desse potente elenco de atores de terceira idade que representam a história do nosso teatro!


Sobre o autor

Foto: Ronaldo Gutierrez


Dürrenmatt (Konolfingen, 5 de janeiro de 1921 - Neuchâtel, 14 de dezembro de 1990) foi um escritor suíço. Embora possua grande fama por sua obra como dramaturgo foi também um prolífico contista e romancista.


Politicamente ativo, o autor escreveu dramas vanguardistas, profundos romances policiais, e algumas sátiras macabras. Um de seus principais bordões era: "Uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado".


Como Brecht, Dürrenmatt explorou as vertentes do teatro épico. Suas peças visavam envolver o público a um debate teórico, e não somente ser entretenimento puramente passivo.


Quando tinha 26 anos, sua primeira peça, "Está Escrito", (em alemão "Es steht geschrieben"), estreou causando grande controvérsia. A história da peça se passa em torno de uma batalha entre um cínico obcecado pelo sucesso e um religioso fanático que leva as escrituras ao pé da letra, tudo isto acontecendo enquanto a cidade em que vivem está cercada. A noite de estréia da peça, em abril de 1947, causou confusão e protestos por parte do público.


Foto: Ronaldo Gutierrez


Na década de 50, com o conto "A Pane", chegou ao que muitos consideram o auge de sua capacidade estilística e narrativa.


Morreu em 1990, considerado como um dos grandes narradores e dramaturgos de sua geração.


Ficha Técnica:

Texto: Friedrich Dürrenmatt

Tradução: Diego Viana

Direção: Malú Bazán

Elenco: Antonio Petrin, Cesar Baccan, Heitor Goldflus, Marcelo Ullmann, Oswaldo Mendes e Roberto Ascar

Concepção cenográfica: Anne Cerutti e Malú Bazán

Figurino: Anne Cerutti

Assistente de figurino e cenário: Adriana Barreto

Cenotécnico:Douglas Caldas

Desenho de luz: Wagner Pinto

Música Original: Dan Maia

Operador de luz: Jonas Ribeiro

Operador de som: Silney Marcondes

Contrarregra: Márcio Polli

Fotos: Ronaldo Gutierrez

Visagismo: Dhiego Durso

Programador Visual: Rafael Oliveira

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Assistente de Produção: Rebeca Oliveira

Co-Produção: Kavaná Produções

Produção e Realização: Baccan Produções


A PANE

Temporada: de 06 de Maio a 12 de Junho

Horário: Sextas, às 21h | Sábados, às 20h | Domingos, às 18h.

Local: Rua Alagoas, 903

Ingressos:

Sextas - R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia-entrada)

Sábados e Domingos - R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia-entrada)

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Duração: 70 minutos

Classificação: 14 anos

Capacidade: 477 lugares


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